Senadores falam de desenvolvimento econômico com chanceler da Nova Zelândia

Da Redação | 22/03/2007, 12h11

Acompanhado dos presidentes das comissões permanentes, o presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu na manhã desta quinta-feira (22) o ministro dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia, Winston Peters, com quem discutiu o estreitamento dos laços comerciais entre os dois países e a preocupação brasileira em eliminar entraves ao crescimento econômico.

- Ainda temos muitos problemas a serem resolvidos, como carga tributária alta, falta de segurança jurídica e dificuldades burocráticas. O Brasil luta para exercer um papel cada vez mais estratégico na economia globalizada e, com certeza, o etanol, no seu avanço como matriz energética, exercerá valioso papel em relação a esse objetivo - disse o presidente do Senado ao visitante.

Renan observou que o cenário econômico brasileiro torna-se cada vez mais atrativo para os investimentos internacionais e disse que o comércio entre Brasil e Nova Zelândia tem potencial bem superior aos números hoje apresentados. As exportações brasileiras para a Nova Zelândia consistem, sobretudo, em suco de laranja, óleo de soja, bagaços e motocicletas. E as principais importações são carvão mineral, produtos constituídos do leite e radiotransmissores.

Vários senadores falaram durante o encontro, sobretudo sobre a reativação do Grupo Parlamentar Brasil-Nova Zelândia, presidido, pelo lado brasileiro, pelo senador Efraim Morais (PFL-PB). Efraim disse que é seu propósito fortalecer esse grupo a fim de que ele trabalhe pela intensificação dos laços culturais entre as duas nações, inclusive mediante maior intercâmbio entre jovens brasileiros e neozelandeses.

Depois de dizer que, para a Nova Zelândia, o Brasil é muito mais do que Pelé, Rio de Janeiro e pilotos de Fórmula 1, Winston Peters disse que as duas nações deveriam dedicar-se mais ao programa desenvolvido por seu país, denominado Férias no Trabalho, que propicia o intercâmbio de estudantes e trabalhadores. Ele disse que a Nova Zelândia mantém esse programa com 37 países e que, se há tantos jovens brasileiros falando inglês, já é tempo de os neozelandeses também se dedicarem a aprender português.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) falou durante o encontro de seu respeito por aquele país, que foi o primeiro a instituir o voto feminino, dando um exemplo para o resto do planeta. Heráclito também defendeu a expansão da cooperação entre os dois países em educação, ciência e tecnologia. E recomendou uma integração cada vez maior entre as duas nações.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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