No Dia da Água, Valadares defende medidas "ousadas" de preservação

Da Redação | 22/03/2007, 16h32

 Em pronunciamento no qual registrou do Dia Mundial da Água, nesta quinta-feira (22), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defendeu medidas "ousadas" para preservar a água e evitar sua escassez em futuro próximo no território brasileiro.

Embora reconhecendo como positivo o fato de o governo ter aprovado em 2006 o seu Plano Nacional de Recursos Hídricos - que visa a garantir o uso racional da água até 2020 -, o senador ressalvou que alguns dispositivos sequer foram efetivados. Entre estes, mencionou a responsabilidade das companhias de saneamento sobre o tratamento de água e pediu providências ao governo quanto à regulamentação dessa atividade.

Conforme argumentou, a obrigação de tratar águas servidas não é do consumidor-familiar, "que já paga à companhia de saneamento do Estado ou privada". Para o senador, as águas que estão sendo devolvidas aos rios, mares e lagoas, acabam totalmente poluídas "e quem polui é a própria companhia de água".

Valadares levantou ainda outra questão, relativa ao consumo de água subterrânea (poços) por indústrias e a população em geral. Segundo disse, a retirada dessa água foi disciplinada, "mas não sem muitas dúvidas e polêmicas persistentes, principalmente quando se questiona como medir o consumo e a taxa poluidora do despejamento da água usada em rios, mares e lagoas".

Para Valadares a questão da escassez de água na agricultura, "onde se localiza o maior consumo do mineral e onde estão aqueles que têm o menor poder econômico para pagar, pode ser encontrada no controle pelo lado poluidor". Ou seja, com o estabelecimento deregras rígidas e pagamento de multas pesadas por uso de defensivos e nutrientes, cujos recursos seriam revertidos em investimentos no abastecimento de água para o setor agrícola.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: