No Dia da Água, Valadares defende medidas "ousadas" de preservação
Da Redação | 22/03/2007, 16h32
Embora reconhecendo como positivo o fato de o governo ter aprovado em 2006 o seu Plano Nacional de Recursos Hídricos - que visa a garantir o uso racional da água até 2020 -, o senador ressalvou que alguns dispositivos sequer foram efetivados. Entre estes, mencionou a responsabilidade das companhias de saneamento sobre o tratamento de água e pediu providências ao governo quanto à regulamentação dessa atividade.
Conforme argumentou, a obrigação de tratar águas servidas não é do consumidor-familiar, "que já paga à companhia de saneamento do Estado ou privada". Para o senador, as águas que estão sendo devolvidas aos rios, mares e lagoas, acabam totalmente poluídas "e quem polui é a própria companhia de água".
Valadares levantou ainda outra questão, relativa ao consumo de água subterrânea (poços) por indústrias e a população em geral. Segundo disse, a retirada dessa água foi disciplinada, "mas não sem muitas dúvidas e polêmicas persistentes, principalmente quando se questiona como medir o consumo e a taxa poluidora do despejamento da água usada em rios, mares e lagoas".
Para Valadares a questão da escassez de água na agricultura, "onde se localiza o maior consumo do mineral e onde estão aqueles que têm o menor poder econômico para pagar, pode ser encontrada no controle pelo lado poluidor". Ou seja, com o estabelecimento deregras rígidas e pagamento de multas pesadas por uso de defensivos e nutrientes, cujos recursos seriam revertidos em investimentos no abastecimento de água para o setor agrícola.Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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