Paulo Paim homenageia poetas no Dia Nacional da Poesia

Da Redação | 14/03/2007, 18h23

 O poeta e senador Paulo Paim (PT-RS) registrou a comemoração, nesta quarta-feira (14), do Dia Nacional da Poesia. A data comemorativa - 14 de março - foi escolhida em homenagem ao nascimento (em 1847) do poeta baiano Castro Alves, defensor da abolição da escravatura e da proclamação da República, conforme lembrou o senador.

- "São os filhos do deserto, / Onde a terra esposa a luz, / Onde vive em campo aberto / A tribo dos homens nus... / São os guerreiros ousados / que com os tigres mosqueados / Combatem na solidão. / Ontem simples, fortes, bravos. / Hoje míseros escravos, / sem luz, sem ar, sem razão..." - recitou Paim o final do poema Navio Negreiro, de Castro Alves.

Paim homenageou todos os poetas brasileiros citando e lendo trechos de poemas também de Mário Quintana, Casimiro de Abreu, Euclides Cavaco, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.

- "Se as coisas são inatingíveis... ora! / não é motivo para não querê-las... / Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas!" - recitou parte do poema Das Utopias, de Mário Quintana.

Paim lembrou ainda que no dia 21 de março será comemorado o Dia Mundial da Poesia, mesma data na qual é comemorado o Dia Mundial para Eliminação da Discriminação Racial.

Em apartes, os senadores Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Mão Santa (PMDB-PI) elogiaram o pronunciamento do colega gaúcho. Quintanilha disse que "os poetas têm algo de divindade" e recitou trechos do poema Meus Oito Anos" de Casimiro de Abreu. Mão Santa elogiou o trabalho poético de Paim e recitou trechos de um poema escrito por sua mãe quando ele ainda era criança.

Antônio Fredrico de Castro Alves nasceu a 14 de março de 1847 (160 anos atrás) e é considerado um dos maiores poetas da literatura brasileira. Nasceu na Fazenda Cabaceiras, próxima à cidade de Curralhinho (atual Castro Alves). Em 1860 começa a escrever suas primeiras poesias; em 1863 publica seus primeiros versos abolicionistas; em 1866 funda uma sociedade abolicionista junto com Ruy Barbosa. Em 1868, em São Paulo, é consagrado com os poemas O Navio Negreiro, Vozes d'África, A Mãe do Cativo, Lúcia, O Vidente, Canção do Boêmio, Ode ao Dois de Julho, O Laço de Fita e Boa Noite. Também em São Paulo vira amigo de Joaquim Nabuco, Rodrigues Alves, Afonso Pena, Sancho Barros Pimentel, Ramos da Costa e José Bonifácio.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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