Kátia Abreu: infra-estrutura de transportes deficitária traz prejuízos ao agronegócio

Da Redação | 14/03/2007, 19h54

 Ao defender nesta quarta-feira (14) investimentos governamentais que beneficiem o agronegócio brasileiro, a senadora Kátia Abreu (PFL-TO) declarou em Plenário que o setor vem registrando "imensos prejuízos" devido a uma infra-estrutura e a uma logística de transporte de cargas deficitárias. Ela também disse que o país prioriza erroneamente o transporte rodoviário, em detrimento de opções que seriam mais baratas e eficientes, como o hidroviário e o ferroviário.

Segundo a parlamentar, devido à distância dos portos e às deficiências de infra-estrutura e logística, os produtores de soja da Região Centro-Oeste recebem em média US$ 30 a menos que os produtores de soja argentinos a cada tonelada comercializada. Ainda de acordo com ela, no Centro-Oeste o custo do frete rodoviário representa até 71% do custo de produção do milho, o que tornaria inviável o seu escoamento sem subvenções governamentais.

Kátia Abreu afirmou que os R$ 58,3 bilhões previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a área de logística são insuficientes para que o Brasil possa sanar suas deficiências e aperfeiçoar sua infra-estrutura de transportes "em condições competitivas".

- Estudos do setor privado estimam que o país precisa investir US$ 17 bilhões por ano para adequar a matriz de transportes - disse ela.

A senadora também mencionou a situação dos portos como obstáculo ao agronegócio. E destacou que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) já fez dois pedidos de intervenção devido a má gestão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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