Renan defende "mão firme" no combate à violência

Da Redação | 13/03/2007, 20h06

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) defendeu nesta terça-feira (13) o uso de "mão firme, hoje, agora" para combater a violência. Ele disse que a criminalidade atingiu "níveis insuportáveis" e manifestou repúdio à onda de crimes que culminou com o seqüestro, no último domingo, do presidente da Associação dos Magistrados de Alagoas, juiz Paulo Zacarias da Silva.

- Não podemos mais admitir que a população, de Norte a Sul, viva refém do medo, da angústia, do terror. A luta contra o crime organizado exige o esforço de todos. Governos estaduais e governo federal têm que trabalhar juntos no combate à violência. O estado não pode, de modo algum, se furtar a agir com mão forte para enfrentar os agentes do crime - afirmou.

Renan anunciou que, juntamente com o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, e os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e João Tenório (PSDB-AL), se reunirá com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a fim de solicitar ajuda federal para o combate à criminalidade naquele estado. O senador ainda anunciou que já havia conseguido o compromisso do governo federal de enviar uma operação integrada a Alagoas.

- Será uma força conjunta da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, das polícias estaduais, do Ministério Público e do Judiciário, que vão trabalhar unidos para combater a escalada crescente da criminalidade em Alagoas - acrescentou.

O presidente do Senado assinalou que as vítimas da violência querem respostas, decisões, ação e que os discursos de indignação não são mais suficientes. Ele disse que são necessários uma legislação mais dura, um Judiciário mais ágil, um sistema penitenciário mais eficaz e mais oportunidades de trabalho e de educação para jovens carentes.

- Mas, não se faz segurança pública sem recursos, sem meios. Treinar melhor a polícia, comprar viaturas, armas, investir em inteligência, em estratégia, construir e reforma presídios, reeducar menores infratores, dar um salário digno a agentes penitenciários e policiais, tudo isso custa dinheiro, muito dinheiro - observou.

Renan disse que o Congresso Nacional tem aprovado várias propostas de atualização e endurecimento da legislação penal e que o governo federal já se comprometeu a não contingenciar as verbas para segurança pública, como fez nos primeiros quatro anos do governo Lula. Ele também defendeu um aporte maior de recursos, conforme Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que tramita no Senado.

Solidarizaram-se com o presidente Renan Calheiros, com o governador Teotônio Vilela e a família do juiz Paulo Zacarias, os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), João Tenório (PSDB-AL), José Agripino (PFL-RN), Fernando Collor (PTB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Marconi Perillo (PSDB-GO), Demóstenes Torres (PFL-GO), Renato Casagrande (PSB-ES), Magno Malta (PR-ES), Adelmir Santana (PFL-DF), Eduardo Suplicy (PT-SP), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), José Sarney (PMDB-AP), Mão Santa (PMDB-PI), Joaquim Roriz (PMDB-DF), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Garibaldi Alves (PMDB-RN), José Nery (PSOL-PA), Sérgio Zambiasi (PTB-RS) e Valdir Raupp (PMDB-RO).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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