Quintanilha destaca influência da Antártica nas mudanças climáticas globais e no Brasil

Ao homenagear os 25 anos do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), em discurso nesta terça-feira (13), o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) ressaltou a importância das pesquisas científicas no momento em que o mundo inteiro se preocupa com a elevação da temperatura no planeta e suas conseqüências desastrosas para toda a humanidade. Ele lembrou que Antártica tem um papel essencial nos sistemas naturais da terra, uma vez que as ocorrências registradas na região guardam estreita relação com as mudanças climáticas globais.

O Oceano Antártico ou Austral, que circunda o Continente Antártico, explicou o senador, cuja área atinge 36 milhões de quilômetros quadrados, representa aproximadamente 10% de todos os oceanos e influencia a circulação geral da hidrosfera marinha no Hemisfério Sul. Cerca de 90% do gelo do planeta concentram-se no Continente Antártico, onde estão, também, 70% da água doce e 10% das terras emersas de todo o mundo.

O senador ressaltou a importância da instituição do lançamento do 4º Ano Polar Internacional em que cientistas de todo o mundo apresentarão e debaterão pesquisas sobre o tema. O Brasil participará do Ano Polar Internacional mediante o aporte extra de recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia da ordem de R$ 9,2 milhões, para o financiamento de sete projetos de pesquisa. Outros R$10 milhões serão aplicados em logística, explicou o senador.

- Com esse incentivo, espera-se que o Proantar inaugure uma nova etapa desde a sua implementação. Revigorado, o programa reunirá as condições de obter reconhecimento compatível com a sua importância para o estudo e a pesquisa científicas, essenciais para garantir a preservação da vida em nosso planeta.

Quintanilha fez ainda um pequeno histórico do Proantar, aprovado em janeiro de 1982, ano em que o Brasil realizou sua primeira expedição à Antártica. O senador fez uma homenagem ao capitão-de-fragata da Marinha Luiz Antônio de Carvalho Ferraz, que representou o Brasil em simpósios internacionais sobre pesquisas oceanográficas e integrou missões em navios estrangeiros à Antártica. O nome da estação brasileira na região é uma homenagem ao capitão, primeiro a conduzir o programa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)