Marconi Perillo: temas fundamentais para o crescimento não foram abordados pelo PAC

Da Redação | 13/03/2007, 18h31

Para o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), presidente da Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), há vários temas fundamentais que não foram contemplados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como as chamadas reformas estruturais (política, tributária, previdenciária e trabalhista), a política macroeconômica - em suas dimensões fiscal, monetária e cambial -, os gastos correntes do governo federal e o agronegócio.

- Esses itens não estão no PAC, mas se não forem abordados poderemos repetir o que ocorreu nos últimos dois anos, quando o país registrou um dos piores índices de crescimento econômico da América Latina - declarou o parlamentar nesta terça-feira (13).

Perillo foi autor de requerimento, assim como o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), para a realização da audiência pública conjunta da CI e da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), nesta terça-feira, com os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, para debater o PAC no Senado. O senador ressaltou a importância dessa audiência e o mérito do governo federal em "abrir a discussão sobre o pacote".

Ao destacar que as reformas política, tributária, previdenciária e trabalhista são indispensáveis para viabilizar o crescimento econômico, o senador lembrou que a carga tributária brasileira está próxima de 40% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele também defendeu a necessidade de redução das taxas de juros do país.

- A carga tributária, as taxas de juros e a taxa de câmbio estão inibindo a competitividade do Brasil - disse ele, acrescentando que outro problema a ser solucionado são as despesas correntes do setor público, já que o governo federal "gasta mal".

O agronegócio, segundo Perillo, foi outro item que deveria ter sido privilegiado pelo PAC. Seu argumento vem ao encontro da reivindicações apresentadas no mês passado pelos senadores da Região Centro-Oeste - grupo do qual ele faz parte. Uma dessas reivindicações é a de que o governo federal realize mais investimentos no setor de agronegócio da região.

- O Brasil precisa de um plano de longo prazo, como era o caso do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, porque nos últimos quatro anos não tivemos nenhum - afirmou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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