Magno Malta: "Como falar em turismo sem segurança pública?"

Ao comentar a realização de um congresso da Confederação Nacional do Turismo (CNTur), o senador Magno Malta (PR-ES) disse em Plenário, nesta terça-feira (13), que a violência prejudica o crescimento do setor turístico brasileiro.

- Estamos nas manchetes dos jornais, na imprensa do mundo inteiro, como um país violento. São pessoas morrendo de bala perdida todos os dias, seqüestros, assaltos, coisas absurdas - disse.

Da tribuna, Magno Malta afirmou que o setor turístico brasileiro poderia gerar muito mais empregos e renda se a violência não fosse tão presente. Ele lembrou ter apresentado, em 2003, projeto de resolução (PRS 36/03) que cria a Comissão Permanente de Segurança Pública do Senado Federal.

- O PAC é muito importante. Mas o povo na rua não quer saber de PAC. O povo quer saber de segurança pública - opinou.

O senador disse ter enviado ofício ao presidente do Senado, Renan Calheiros, sugerindo a criação de uma comissão composta por representantes dos três poderes para tratar da questão da violência no país. Magno Malta leu então notícia do jornal A Tribuna, do Espírito Santo, sobre uma menina de 15 anos baleada na coxa dentro da escola, diante de outros cem alunos.

- É a dura realidade que a sociedade brasileira vive todos os dias - lamentou.

Ele também informou que vai apresentar proposta para alterar o Código Nacional de Trânsito propondo exames toxicológicos para quem deseja tirar ou renovar a carteira de habilitação. O senador também disse achar necessário exame toxicológico para quem deseja ser piloto de avião, para quem ingressar nas Forças Armadas e para quem ingressar no serviço público.

Magno Malta disse temer as notícias de que a Polícia Federal (PF) pode entrar em greve a qualquer momento. Ele pediu que o governo atenda às reivindicações dos policiais militares. Em aparte, o senador Expedito Júnior (PR-RO) concordou com Magno Malta sobre a necessidade de as fronteiras brasileiras serem melhor vigiadas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)