Brasil está bem colocado em pesquisa sobre turismo, diz Serys

Da Redação | 09/03/2007, 17h21

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), em discurso de Plenário nesta sexta-feira (9), informou que o Brasil ficou em 59º no Ranking da Competitividade de Viagem e Turismo, divulgado na semana passada pelo Fórum Econômico Mundial. A pesquisa avaliou 124 países e a senadora disse considerar positiva essa colocação intermediária, uma vez que, como lembrou, o país ainda não dispõe de condições ideais para receber turistas.

Fatores como infra-estrutura turística, facilidade de transportes, qualificação de mão-de-obra, limpeza e higiene das atrações e riquezas naturais e culturais dos países, disse Serys, foram considerados pela pesquisa. Ela contou ainda que a colocação do Brasil superou países como a Argentina (64º), a Índia (65ª) e a China (71ª).

- Fazendo uma análise bem neutra e reconhecendo e conhecendo bem nossos problemas, digo que o Brasil foi muito bem - observou.

Em relação ao Brasil, ressaltou a senadora, os principais problemas apontados pela pesquisa foram a segurança pública, o rigor das exigências para obtenção de vistos, a falta de profissionais qualificados e a má qualidade das estradas. Afirmou, no entanto, que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo Governo Luiz Inácio Lula da Silva no mês passado, contém ações para corrigir essas deficiências e, no mesmo sentido, já estão sendo colocadas em prática várias iniciativas do Ministério do Turismo.

Serys disse que o Congresso Nacional pode contribuir para melhorar a colocação do Brasil no ranking, trabalhando, por exemplo, para resolver a questão regulatória do setor turístico, que, na sua opinião, precisa de maior clareza e menos burocracia.

Mulher

Serys Slhessarenko também abordou, em seu pronunciamento, a reforma política e sugeriu criação de uma comissão mista para discutir o tema. Para ela, a participação feminina nas esferas federal, estadual e municipal do Poder Legislativo ainda é pequena, apesar de as mulheres representarem 52% da população. Na sua opinião, esse fato significa que há problemas com a democracia brasileira, uma vez que não há representação efetiva da sociedade no Parlamento.

- A população aqui representada [no Senado] é a de homens, pois esse é o perfil maior dos nossos representantes. A discussão da reforma política é a porta de entrada para discutirmos a representatividade de nossa Casa perante a população - disse.

A senadora disse que vários governos já implantaram medidas para inclusão da mulher nos processos decisórios do país. Com esse objetivo, destacou, o governo Lula criou a Secretaria Especial de Política para as Mulheres, coordenada pela ministra Nilcéia Freire.

ACM

A senadora pelo Mato Grosso destinou parte de seu pronunciamento para desejar pronto restabelecimento ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que está hospitalizado em São Paulo. Ela elogiou o trabalho que o senador vem desempenhando à frente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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