Marco Maciel comenta convenção sobre alterações climáticas no mundo

Da Redação | 22/11/2006, 19h51

O senador Marco Maciel (PFL-PE) comentou em Plenário, nesta quarta-feira (22), a recente realização da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nairóbi, no Quênia, onde foram analisadas as repercussões das alterações climáticas no planeta sobre a economia mundial e a sobrevivência da humanidade. O senador considerou emblemática a promoção desse evento na África, continente bastante afetado pela pobreza e pelos efeitos da agressão ao meio ambiente.

Em relação ao Protocolo de Kyoto - acordo internacional destinado a reduzir a poluição atmosférica no planeta -, Maciel observou que os Estados Unidos, a Índia e a China, que lideram o ranking dos países poluidores, ainda resistem em ratificá-lo. Já a Grã-Bretanha, conforme assinalou, teria tratado de diminuir em 30% a emissão de gases, reciclar 75% do lixo e cortar em 20% a produção de detritos até 2020.

Embora o Brasil seja um dos países a investir na geração de energia de origem vegetal (biomassa) e ocupe a oitava colocação no ranking das nações que mais combateram mudanças climáticas no último ano, o senador disse que o país precisa aumentar sua participação no mercado mundial de redução de gases que geram o efeito estufa (aquecimento global).

Segundo dado divulgado na Convenção do Clima da ONU, o Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com maior número de projetos vinculados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), instrumento criado pelo Protocolo de Kyoto para auxiliar os países desenvolvidos a alcançar as metas de redução de gases causadores do efeito estufa. Por meio do MDL, os países ricos investem em projetos de geração de energia limpa nos países em desenvolvimento e ganham créditos de carbono, que podem ser comprados, vendidos ou usados para abater essa meta de redução de gases fixada para as nações desenvolvidas.

Se o Brasil parece avançar nessa área, Maciel revela preocupação com o estágio da desertificação no país, que já ameaça 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Seus efeitos se espalham, conforme detalhou, sobre 57% do território nacional, com efeitos sobre 32 milhões de pessoas, 18% da população brasileira.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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