Para diretor da Anac, atrasos geram "efeito dominó"
Da Redação | 21/11/2006, 19h42
O diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse, em audiência pública de três comissões do Senado nesta terça-feira (21), o sistema de tráfego aéreo tem que funcionar como um relógio. O atraso, por exemplo, de uma hora de um vôo que sai de Porto Alegre pela manhã pode provocar atrasos de muitas horas nos aeroportos de Manaus ou Macapá à noite, onde esse vôo chega.
Todo o sistema de tráfego aéreo, segundo Zuanazzi, vem sofrendo mudanças para atender o aumento da demanda. A procura por passagens aéreas, que era de 7 milhões de CPFs (número de cadastro de pessoa física na Receita Federal), passou para 14 milhões, ressaltou o diretor da Anac.
- O setor cresce a um nível superior ao que cresce o Brasil como um todo. Com as mudanças na malha de vôos e um pequeno problema de atraso num aeroporto, isso provoca um efeito em cadeia - repetiu.
Os aviões, que antes tinham cerca de cem lugares, agora têm em média 140, aumentando o número de passageiros nos aeroportos, segundo ele.
O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Tenente Brigadeiro José Carlos Pereira, disse que o aeroporto de Congonhas, por exemplo, cuja capacidade é de 5.100 pessoas por hora, chegou a acumular 17 mil pessoas por hora. Isso gerou problemas em cadeia para o serviço médico, de polícia e até de táxi.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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