Homenagem emociona familiares e amigos de JK

Da Redação | 31/01/2006, 00h00

Bastante concorrida, a sessão solene em homenagem ao 50 anos da posse do ex-presidente Juscelino Kubitschek teve início às 14h50, embalada por músicas que relembravam o clima dos chamados "anos dourados", como Eu Sei que Vou te Amar, Pela Luz dos Olhos Seus, Carinhoso, Close to You, Anos Dourados e Garota de Ipanema.A sessão foi aberta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.

Entre as autoridades presentes estavam os governadores do Distrito Federal, Joaquim Roriz e Marconi Perilo, de Goiás, o cardeal arcebispo emérito de Brasília dom José Freire Falcão, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa, e o ministro do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, José Jerônimo de Souza. A presença mais notada, no entanto, foi a da presidente do Memorial JK, neta de Juscelino e esposa do senador Paulo Octávio (PFL-DF), Ana Cristina Kubitschek Pereira. A ela foram dirigidas todas as homenagens endereçadas ao ex-presidente.

O senador Paulo Octávio, autor do requerimento para realização da sessão, destacou que Juscelino Kubitschek é um exemplo a ser seguido por todos os políticos. Paulo Octávio lembrou que, na época da construção de Brasília, a oposição só a teria aprovado porque apostava que essa seria a grande derrota de Juscelino. Disse ainda que a homenagem ao ex-presidente vem no momento certo, em que a juventude precisa de uma referência e a sociedade necessita compreender que nem todo político é incompetente.

Ana Cristina Pereira, neta do ex-presidente, disse que o Senado prestou uma linda homenagem a Juscelino, dizendo que cada novo discurso representou para ela uma nova emoção. Destacou, especialmente, a lealdade do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) ao avô, durante seu exílio.

Outro personagem que deu um colorido especial à sessão foi o advogado de 80 anos de idade, Antônio Soares Neto, de Jataí, Goiás, conhecido como "Toniquinho JK". Ele teria perguntado ao então candidato a presidente, Juscelino, se, uma vez eleito, cumpriria a Constituição, construindo a nova capital. Segundo Soares Neto, um tanto surpreso e embaraçado com a pergunta, JK teria dito que, a partir daquele momento, esse se tornaria seu maior objetivo.

A secretária de Turismo do Distrito Federal e embaixatriz Lúcia Flexa de Lima, cujo marido, o embaixador Paulo de Tarso Flexa de Lima, foi oficial de gabinete de Juscelino desde o primeiro dia de seu mandato, afirmou que a homenagem foi "merecida, emocionante e lindíssima". Dea Felício dos Santos, esposa do primo de Juscelino, Carlos Murilo, que partilhou da intimidade do ex-presidente, se disse surpresa com a unanimidade estabelecida entre partidos de todas as correntes políticas no que diz respeito a JK.

A sessão foi suspensa às 17h50m e os senadores Paulo Octávio, Maguito Vilela e Romeu Tuma (PFL-SP) acompanharam o governador Joaquim Roriz em visita à exposição de quadros (22) e fotografias em preto e branco (44) do Arquivo Público do Distrito Federal, no Salão Negro do Congresso Nacional. A exposição traça a trajetória política de Juscelino Kubitschek. Durante o evento, foi exibido o documentário da TV Senado JK: Um Cometa no Céu do Brasil.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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