Relatório parcial deve detalhar denúncias sobre Visanet

Da Redação | 20/12/2005, 00h00

Está confirmada para esta quarta-feira (21) a divulgação do relatório de "prestação de contas" elaborado pelo relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Ele adiantou que o documento trará mais informações a respeito da Visanet - operadora de cartão de crédito do Banco do Brasil que teria adiantado de forma irregular recursos para a DNA, agência de Marcos Valério responsável por sua publicidade à época.

O relator afirmou que, com tal procedimento, pelo menos R$ 10 milhões foram parar no "valerioduto". Já o relator-adjunto, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), informou que o relatório pretende, além de consolidar as informações já apresentadas, tentar explicar o funcionamento do "valerioduto". Na mesma reunião da CPI em que será apresentado o relatório, também serão votados requerimentos.

Para a tarde de quarta-feira, a partir das 15h, estão agendados os depoimentos de Giovanni Wilbert Servolo, proprietário da agência de publicidade Giovanni-FCB, e de Reginaldo Reges Menezes Fernandes, que teria participado, segundo suspeitas dos membros da CPI, do envio para o exterior de recursos obtidos com o superfaturamento dos contratos entre a SkyMaster e os Correios. O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), informou na semana passada que a comissão fará um recesso após a divulgação do relatório parcial e que as atividades serão retomadas a partir do dia 9 de janeiro.

Cancelada

A reunião da Sub-relatoria de Contratos marcada para as 15h desta terça-feira (20) foi cancelada. Seriam retomados os depoimentos dos sócios da agência Grottera, Ricardo Ramos Quirino, e da Beta, Ioannis Amerssonis. A Grottera é uma das três agências responsáveis pela publicidade do Banco do Brasil. Já a Beta, empresa que operava a Rede Postal Noturna dos Correios, foi acusada pelo sub-relator, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), de promover - ao lado da Skymaster, outra empresa de transporte aéreo - prejuízos à estatal por meio de superfaturamento de pelo menos R$ 64 milhões.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)