Senado lança estudo sobre a Amazônia

Da Redação | 06/12/2005, 00h00

Em solenidade realizada na biblioteca do Senado Federal, foi lançado nesta terça-feira (6) o livro A Questão Geopolítica da Amazônia, uma pesquisa profunda sistematizada pelo ministro da Reforma Agrária do governo Sarney, professor Nelson de Figueiredo Ribeiro, e publicada pelo Conselho Editorial do Senado. Estiveram presentes ao evento os senadores Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), José Agripino Maia (PFL-RN), Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Edison Lobão (PFL-MA), o embaixador Tarso Flecha de Lima, além do diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, e várias autoridades.

De acordo com o autor, o livro é um resgate de uma dívida que tinha com a Amazônia, região onde nasceu e que estuda desde 1954. O professor Nelson Ribeiro pretende colocar à disposição dos pesquisadores e órgãos governamentais o que considera o início de uma sistematização das informações disponíveis sobre a Amazônia.

- Não queremos fechar a Amazônia ao estrangeiro, mas também não queremos ser excluídos dos estudos que querem fazer aqui - disse.

Agaciel Maia, destacou o trabalho de resgate de obras relevantes desenvolvido pelo Conselho Editorial do Senado, como o livro do professor Nelson. Ele ressaltou que o livro resgata a história da Amazônia, do tempo do Brasil colônia até os dias atuais, acrescentando que Nelson Ribeiro escreve o primeiro estudo sobre a questão geopolítica Amazônia, do ponto de vista da ciência política aplicada e do direito internacional.

O senador Arthur Virgílio disse que, como o autor do livro, também tem como objetivo político transformar a Amazônia num grande debate de amplitude nacional. Para ele, é preciso que todos os brasileiros tenham uma opinião muito clara a respeito da região.

- Não é uma questão paroquial e me espanto muito quando vejo a confusão que fazem em torno desse tema. É uma obrigação dos brasileiros conhecer a região - disse.

Virgílio assinalou que a questão do processo de desenvolvimento é a pedra de toque da Amazônia e manifestou preocupação com as mudanças climáticas que levaram a região a enfrentar sua primeira seca. O senador disse que é "uma estupidez" imaginar que o ser humano será expulso da Amazônia e manifestou sua simpatia por algumas iniciativas do Ministério do Meio Ambiente, como o projeto de gestão das florestas públicas.

O senador lembrou que há uma preocupação muito grande no sentido de dizer - "porque é muito fácil" -o que não pode ser feito na Amazônia e considerou uma avanço "a tentativa de dizer o que se pode fazer".

Virgílio disse ainda que não vê o estrangeiro como inimigo ou benfeitor, pois "a devastação pode vir pela mão do nacional ou do estrangeiro".

- Eu trabalho com a defesa dos interesses do Brasil - afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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