Para Renan, Brasil tem "salário mínimo de 4º mundo"

Da Redação | 30/11/2005, 00h00

Junto com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu, na manhã desta quarta-feira (30), representantes da II Marcha em Defesa do Salário Mínimo, organizada pelas centrais sindicais. Ao lado de dois carrinhos de supermercado, um contendo compras pagas com um salário de R$ 321,00 e outro contendo mercadorias pagas com R$ 400,00, os líderes tentaram mostrar ao Congresso o ganho que os trabalhadores terão se o reajuste for maior.

Encerrado o encontro com esses líderes, o presidente do Senado deu uma entrevista dizendo não haver sentido "para um país que se pretende de primeiro mundo ter um salário mínimo de quarto mundo". Renan defendeu um esforço para aprovar uma política de recuperação do poder de compra do salário mínimo, mas disse que não queria discutir valores.

- Não gostaria de discutir um número. Entendo que devemos aprovar o maior salário mínimo e entendo por maior salário mínimo aquele que a economia possa pagar.

O presidente do Senado observou que a última pesquisa por amostra de domicílios realizada no país demonstra que a melhor maneira de distribuir renda no Brasil é compatibilizando o salário mínimo com o ganho real e com uma inflação controlada.

Renan afirmou que essa é a hora de adotar-se uma política conseqüente, capaz de "apontar no rumo da recuperação do poder de compra do trabalhador". E disse que o momento é também ideal por ser a ocasião em que o Congresso vota o Orçamento e define os recursos existentes para sustentar esse salário.

- Eu defendi também que, paralelamente à definição de uma política para recuperação do poder de compra, nós fizéssemos a desoneração do ICMS dos produtos da cesta básica, porque isso vai dar uma elevação superior a 20% no poder de compra dos menores salários. Então, se tivermos as duas coisas, uma política para recuperação do poder de compra e a desoneração dos produtos da cesta básica, nós vamos distribuir melhor a renda no Brasil.

Indagado sobre o encolhimento do PIB em 1,2% no trimestre, o presidente do Senado se disse preocupado. "Vi com muita preocupação mesmo. Acho que, do ponto de vista do Congresso, nós precisamos fazer qualquer coisa para destravar os investimentos, para criar um ambiente mais propicio ao crescimento econômico", afirmou ele.

Questionado sobre a que atribuir a queda, Renan disse que "erraram na mão". "Acho que a crise pode ter tido influência, mas uma influência mínima. Acho que o pessoa errou na mão e precisamos mais que nunca fazer uma sintonia. Não defendo a gastança desenfreada e irresponsável. Acho que o pior preço que temos que pagar é a imprevidência fiscal. Mas entendo que dá para fazer uma sintonia sim, encontrar um ponto de equilíbrio entre a necessidade de fazer o ajuste e fazer os investimentos que a economia precisa para crescer".

Na opinião do presidente do Senado, o erro do governo foi sobretudo na política de juros. "Isso dificultou a economia. O Brasil sempre cresceu economicamente, sempre teve o crescimento econômico como sua principal vocação. Durante 50 anos, o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo. Temos que retomar essa vocação. Temos que criar um ambiente mais propicio ao crescimento econômico e o Congresso vai fazer sua parte, ajudando a destravar esses investimentos".

Junto com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, o presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu, na manhã desta quarta-feira (30) representantes da II Marcha em Defesa do Salário Mínimo, organizada pelas centrais sindicais. Ao lado de dois carrinhos de supermercado, um contendo compras pagas com um salário de R$321,00 e outro contendo mercadorias pagas com R$400,00, os líderes tentaram mostrar ao Congresso o ganho que os trabalhadores terão se o reajuste for maior.

Encerrado o encontro com esses líderes, o presidente do Senado deu uma entrevista dizendo não haver sentido "para um país que se pretende de primeiro mundo ter um salário mínimo de quarto mundo". Renan defendeu um esforço para aprovar uma política de recuperação do poder de compra do salário mínimo, mas disse que não queria discutir valores.

- Não gostaria de discutir um número. Entendo que devemos aprovar o maior salário mínimo e entendo por maior salário mínimo aquele que a economia possa pagar.

O presidente do Senado observou que a última pesquisa por amostra de domicílios realizada no país demonstra que a melhor maneira de distribuir renda no Brasil é compatibilizando o salário mínimo com o ganho real e com uma inflação controlada.

Renan afirmou que essa é a hora de adotar-se uma política conseqüente, capaz de "apontar no rumo da recuperação do poder de compra do trabalhador". E disse que o momento é também ideal por ser a ocasião em que o Congresso vota o Orçamento e define os recursos existentes para sustentar esse salário.

- Eu defendi também que, paralelamente à definição de uma política para recuperação do poder de compra, nós fizéssemos a desoneração do ICMS dos produtos da cesta básica, porque isso vai dar uma elevação superior a 20% no poder de compra dos menores salários. Então, se tivermos as duas coisas, uma política para recuperação do poder de compra e a desoneração dos produtos da cesta básica, nós vamos distribuir melhor a renda no Brasil.

Indagado sobre o encolhimento do PIB em 1,2% no trimestre, o presidente do Senado se disse preocupado. "Vi com muita preocupação mesmo. Acho que, do ponto de vista do Congresso, nós precisamos fazer qualquer coisa para destravar os investimentos, para criar um ambiente mais propicio ao crescimento econômico", afirmou ele.

Questionado sobre a que atribuir a queda, Renan disse que "erraram na mão". "Acho que a crise pode ter tido influência, mas uma influência mínima. Acho que o pessoa errou na mão e precisamos mais que nunca fazer uma sintonia. Não defendo a gastança desenfreada e irresponsável. Acho que o pior preço que temos que pagar é a imprevidência fiscal. Mas entendo que dá para fazer uma sintonia sim, encontrar um ponto de equilíbrio entre a necessidade de fazer o ajuste e fazer os investimentos que a economia precisa para crescer".

Na opinião do presidente do Senado, o erro do governo foi sobretudo na política de juros. "Isso dificultou a economia. O Brasil sempre cresceu economicamente, sempre teve o crescimento econômico como sua principal vocação. Durante 50 anos, o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo. Temos que retomar essa vocação. Temos que criar um ambiente mais propicio ao crescimento econômico e o Congresso vai fazer sua parte, ajudando a destravar esses investimentos".

Renan explica a embaixador francês a crise brasileira

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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