Maciel fala sobre a necessidade de uma sociedade fundada em novas bases

Da Redação | 31/08/2005, 00h00

O senador Marco Maciel registrou, nesta quarta-feira (31) a reunião do Clube de Roma, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Fundado em 1968 pelo economista italiano Aurelio Peccei, tem como foco permanente são os problemas globais de longo prazo, como pobreza, insegurança no emprego, deterioração do meio ambiente, alienação da juventude e rejeição de valores tradicionais, explicou.

O parlamentar informou que o clube é constituído por pessoas de todas as nacionalidades. Entre os membros brasileiros, citou os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney. Entre os palestrantes dessa reunião estavam os ex-ministros Luis Carlos Bresser Pereira e Celso Lafer.

O senador participou de uma mesa redonda que debateu o tema Globalizando a democracia - buscando a democracia para todos. Ele observou que, 60 anos após a o surgimento da Organização das Nações Unidas (ONU), cresceu o número de estados democráticos, mas a fruição de certos direitos é apenas parcial para muitos. Para ele, diversas fóruns e organismos internacionais - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - se incluem entre "as promessas não cumpridas da democracia", conforme definiu Norberto Bobbio.

- Se o século 20 foi o mais violento da História, segundo Eric Hobsbawn, o século 21 está sendo marcado pelo flagelo dos conflitos localizados e pelo recrudescimento do terrorismo internacional, mas na maior parte do planeta ainda brilha a liberdade, fundamento de uma sociedade democrática - disse.

Para ele, os novos tempos estão globalizando a democracia, o que é positivo para a construção de uma sociedade internacional, com a refundação da ONU e o desenvolvimento do conceito de uma "família de nações", como pregou o Papa João Paulo II .

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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