Caiado critica "monstruosidade" que estaria contida no livro A Toca dos Leões

Da Redação | 01/08/2005, 00h00

O deputado federal Ronaldo Caiado (PFL-GO) criticou, na abertura da 7ª reunião do Conselho de Comunicação Social (CCS), nesta segunda-feira (1°), manifestação do conselho que repudiou decisão judicial do estado de Goiás pela proibição de circulação do livro A Toca dos Leões, de Fernando Moraes.

Segundo o deputado, na página 301 da obra ele é retratado como sendo um "cara muito louco" e que o deputado havia sugerido a adição de contraceptivo à água potável, para resolver o problema da superpopulação das camadas inferiores do Nordeste. Ronaldo Caiado criticou ainda o autor do livro por ter apresentado na obra uma informação sem ouvir a versão do citado.

- Uma monstruosidade como esta foi relatada a meu respeito e, por eu ter recorrido à Justiça, passei a ser rotulado como defensor da censura. Não tenho o direito de demonstrar que se trata não só de uma mentira deslavada, mas de uma monstruosidade? - questionou Caiado.

O documento de manifestação emitido pelo CCS salienta que qualquer cidadão possui o direito de buscar reparação de lesão a direito violado. Acrescenta, porém, que "é inaceitável a proibição de publicação e circulação de manifestação de pensamento, criação, expressão e informação". Na opinião do conselho - não unânime, conforme salientou o conselheiro Roberto Wagner - esta proibição pode abrir precedente ao direito de censura, banido pela Constituição de 1988.

O deputado exige a retirada do livro do trecho em que é citado, pois, na sua opinião, livro é diferente de jornal e revista, pois a informação tem caráter atemporal.

- Não é indenização em dinheiro que reporá minha honra, mas sim a retratação e a retirada desta monstruosidade. Qual é a imagem sobre uma pessoa chamada Ronaldo Caiado que se terá daqui a 100 anos? - observou o deputado.

Livro conta história de agência de publicidade

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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