Dinheiro apreendido era oferta de fiéis, explica Crivella

Da Redação | 11/07/2005, 00h00

Ao ler uma nota oficial da Igreja Universal do Reino de Deus, o senador Marcelo Crivella (PL-RJ) explicou que a origem das malas de dinheiro apreendidas pela Polícia Federal no aeroporto de Brasília, na manhã desta segunda-feira (11), em posse do deputado federal João Batista Ramos da Silva (PFL-SP), são ofertas de fiéis de sua religião. O dízimo teria sido recolhido, de acordo com o parlamentar, na celebração do aniversário de 28 anos da instituição, em Manaus (AM).

- É dinheiro de doação, não tem nada a ver com dinheiro transportado em cueca, não tem nada a ver com corrupção. O dinheiro foi declarado no aeroporto de Manaus - disse o senador, referindo-se a apreensão feita pela Polícia Federal de São Paulo na última sexta-feira (8) de R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil presos ao corpo do assessor parlamentar José Adalberto Vieira da Silva.

Para Crivella, o deputado João Batista não transportava o dinheiro no papel de parlamentar e sim no papel de Bispo da Igreja. O destino do dinheiro apreendido, acrescentou o senador, era prover a manutenção dos mais de 10 mil templos em todo território nacional. Ele explicou ainda que a Igreja não usou o depósito bancário, em virtude da grande quantidade de notas de pequeno valor.

- A Igreja possui mais de 10 milhões de fiéis em todo país. As doações, em sua maioria, são feitas em notas de R$5 e R$10. Se, por exemplo, 500 mil fiéis ofertassem cada um R$ 5 reais, só aí seriam R$2,5 milhões. Banco nenhum aceitaria contar nota por nota. É mais racional fazer o transporte em espécie até São Paulo, onde está centralizada a manutenção dos templos - justificou Crivella.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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