Delcidio garante que irá trabalhar de maneira conciliatória com a oposição
Da Redação | 16/06/2005, 00h00
Até agora, a CPI dos Correios recebeu quase 90 requerimentos, que passarão por uma triagem para serem agrupados. O relator Serraglio adiantou, entretanto, que não serão analisados pedidos que possam criar algum "conflito de competência de CPI", e que requerimentos para ouvir alguém ligado às denúncias sobre o pagamento de mesada, o chamado mensalão, a deputados da base para votarem de acordo com a orientação do governo, neste momento não serão examinados, "o que não afasta uma análise posterior".
Serraglio também informou que a Mesa da CPI já preparou um ofício para requisitar as duas gravações integrais, feitas em dias distintos, que mostram o ex-diretor de departamento dos Correios Maurício Marinho, recebendo propina.
- Também vamos pedir tudo que a Polícia Federal e o Ministério Público tiverem sobre as investigações.
Já o senador Delcidio defendeu o trabalho da CPI inclusive no recesso. Não se sabe, ainda, entretanto, se o Congresso funcionaria em julho por autoconvocação ou convocação extraordinária. O presidente da CPI disse acreditar que a intenção da oposição de trabalhar com um "relator paralelo" - que seria o senador César Borges (PFL-BA) - não será necessária.
- César Borges é meu amigo, um homem de bem, competente e sério. Ele vai trabalhar junto conosco, não precisa de relator paralelo porque o ambiente vai ser de absoluta confiança - garantiu.
A idéia difundida pela imprensa e defendida pela oposição de que a CPI é "chapa branca" também foi rechaçada por Serraglio, que considerou o carimbo "injusto".
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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