Antero acusa governo federal de estimular prostituição

Da Redação | 12/05/2005, 00h00

O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) acusou o governo federal de estimular a prostituição. Segundo o parlamentar, isso estaria ocorrendo porque o Ministério do Trabalho, em seu site, define a categoria "profissionais do sexo" na lista da Classificação Brasileira de Ocupações.

- Este é um governo trapalhão, que pode ser processado por cafetinagem. Só faltava isso ao Brasil: um governo cafetão. Mas é isso o que é o governo Lula - declarou Antero.

O senador mencionou em seu discurso matéria publicada no jornal Correio Braziliense, segundo a qual um juiz da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, motivado por essa mesma questão, solicitou que o Ministério Público Federal investigue o Ministério do Trabalho.

- O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, que já foi responsabilizado por maus tratos aos anciãos quando ordenou o cadastramento de todos os aposentados do país, agora estaria estimulando os jovens a se prostituir. O governo federal tem de ter mais responsabilidade com a sociedade brasileira - afirmou.

Os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Romeu Tuma (PFL-SP) expressaram apoio às posições de Antero. Arthur Virgílio sugeriu que o ministro do Trabalho fosse convocado para esclarecer a polêmica. Já Romeu Tuma disse que o discurso do senador de Mato Grosso parecia a "leitura de um relatório policial".

Cartilha

Antero também criticou o que chamou de "inesgotável capacidade do governo do PT de criar confusão e de gerar situações que desgastam sua própria imagem". Ele citou, como exemplo, o recente episódio da cartilha de "expressões politicamente corretas".

- Não há uma semana em que não surjam na mídia notícias que ridicularizam os administradores petistas ou expõem publicamente sua fragilidade administrativa e sua incompetência - afirmou.

O senador disse ainda que o presidente Lula, "com suas frases oportunas e seu raciocínio exótico, provoca reações e espanta a sociedade".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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