Mercadante afirma que reforma tributária não pode mais ser adiada

Da Redação | 29/03/2005, 00h00

Em audiência pública com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, realizada nesta terça-feira (29), o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ressaltou a importância de se implementar a reforma tributária. O senador avaliou que a reforma é uma tarefa fundamental para o país enfrentar os problemas e dar continuidade ao processo de crescimento da economia.

- Podemos ter turbulências internacionais. Para estarmos imunes a elas, temos que trabalhar na aprovação da reforma tributária - observou Mercadante.

O ministro Antonio Palocci concordou que o Brasil não pode mais correr o risco de adiar a reforma tributária e disse que o Senado tem papel fundamental nesse processo.

Mercadante também salientou que a meta de queda inflacionária para 5,5% é "ambiciosa". Ele informou que o Brasil só teve índice de inflação menor que 5% em 1946 e 1998.

- A meta tem que ser mais realista e viável. Devemos caminhar em direção à meta mais lentamente para priorizar o crescimento - recomendou Mercadante.

Palocci sugeriu que membros do Comitê de Política Monetária (Copom) sejam questionados sobre essa meta.

O senador Almeida Lima (PSDB-SE) assinalou que o ministro ressaltou a "pujança" do Estado, quando a realidade é diferente. O senador disse que o nível de satisfação da população está baixo devido à carga tributária abusiva.

- O consumidor de um automóvel precisa deixar cerca de 40% para o poder público e sempre que vai abastecer são mais de 50% de impostos - acrescentou Almeida Lima.

O ministro da Fazenda disse que a carga tributária imposta ao consumidor é adequada quando há contrapartida em educação, saúde e permite a desoneração de bens de primeira necessidade, como o arroz. Almeida Lima, no entanto, considera que essa contrapartida não existe.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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