Crianças esperam por novas famílias
Da Redação | 07/03/2005, 00h00
Em Brasília existem cerca de 800 crianças abrigadas (nem todas passíveis de adoção) em 21 abrigos credenciados. Atualmente a Vara da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Distrito federal (TJ/DF) tem cerca de 240 famílias cadastradas para adoção e 92 crianças aptas a serem adotadas judicialmente.
Segundo informações do tribunal, essas crianças têm dificuldade de serem adotadas por serem maiores de 4 anos, outras por pertencerem a grupo de irmãos e as demais por serem portadoras de necessidades especiais.
Para 90% das famílias cadastradas, as crianças procuradas devem ter no máximo 18 meses. Pesquisas realizadas no país, apontam bebês brancos e do sexo feminino, como a preferência dos que estão na fila para adotar.
- Infelizmente ainda existe preconceito e há muitas crianças com mais idade e negras na espera por uma família - diz a presidente do Projeto Aconchego, Jandimar Guimarães.
Para o movimento, todas as mães adotantes precisariam ter direito a no mínimo 120 dias de licença-maternidade - independentemente da idade da criança.
- Hoje, conforme aumenta a idade da criança, menor o tempo de licença concedido à mãe, o que não é correto, visto que a criança maior de dois anos precisa de mais tempo para se adaptar à família - explica.
A afirmação é dada com amplo conhecimento de causa. Após adotar quatro crianças (dois bebês e dois maiores de 5 anos), Jandimar garante que o maior contato inicial é fundamental "porque a criança traz consigo a experiência do abrigo".
O Projeto Aconchego (www.projetoaconchego.org.br), instituído há três anos, estimula adoções e apadrinhamentos. O movimento já contribuiu para o processo de adoção de cerca de 50 famílias e para o apadrinhamento afetivo de pelo menos 25 crianças.
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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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