Ideli Salvatti volta a rebater críticas sobre escalada tributária

Da Redação | 21/02/2005, 00h00

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) voltou a rebater, em pronunciamento nesta segunda-feira (21), as críticas de que o governo Luiz Inácio Lula da Silva estaria promovendo uma escalada tributária no país.

Ideli apresentou ao Plenário um gráfico, feito com informações da Receita Federal, com dados sobre o crescimento da carga tributária em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 14 anos.

- A primeira escalada alpinista aconteceu no governo Itamar Franco, quando a carga tributária pulou de 25,2% para 29,4%. Ao longo dos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, foi de 29,4% para 35,56%. O único momento, de 1991 a 2003, em que houve inflexão da curva da carga tributária, foi exatamente no primeiro ano do governo Lula, que baixou de 35,5% para 34,8% - explicou.

A senadora afirmou que esta inflexão se deve a uma série de medidas que foram adotadas, entre elas a desoneração tributária em áreas como a agricultura e a construção civil, a ampliação das isenções e a correção na tabela do Imposto de Renda.

Ideli comentou também dados recém-divulgados pela imprensa, segundo os quais estariam sobrando postos de trabalho em várias cidades de seu estado, Santa Catarina, o que, de acordo com ela, seria inimaginável há algum tempo atrás.

- Estamos importando profissionais de outras regiões para atender à demanda. Esse dado está diretamente vinculado a outras notícias, como a de que o emprego teve a maior alta dos últimos 15 anos. Há muito tempo não conseguíamos produzir emprego acima da taxa de crescimento da população economicamente ativa- afirmou Ideli.

Ela citou também uma matéria do jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual as empresas com ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alcançaram o maior lucro da história no ano passado, R$ 13 bilhões, 40,5% a mais que em 2003. Ideli ressaltou que a lucratividade de algumas dessas empresas superou a dos bancos.

A petista criticou ainda os que apostam no "quanto pior, melhor".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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