Paim pede reforma agrária e aprovação do Estatuto da Igualdade Racial

Da Redação | 23/11/2004, 00h00

O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que participou de um ato público no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, contra o massacre de trabalhadores sem terra em um assentamento em Minas Gerais durante o fim de semana. Pistoleiros invadiram o acampamento, autorizado inclusive pela Justiça, e mataram cinco trabalhadores e feriram outros 15, que estão hospitalizados.

Paim encaminhou à Mesa do Senado um documento assinado por ele próprio e pelo movimento sindical em defesa da reforma agrária.

- É uma triste ironia que, no exato momento em que a Justiça pune os PMs acusados pelo massacre de Carajás, aconteça um outro massacre de trabalhadores - disse Paim. O senador encaminhou também um outro documento, em que faz uma análise sobre a luta contra o desemprego no país.

Segundo o senador, o governo Luiz Inácio Lula da Silva criou 1,8 milhão de empregos formais, embora a situação no campo continue sem solução.

- Na área rural, nada mudou. E constatamos, com tristeza, que nos últimos 25 anos a miséria e o desemprego no Brasil continuam e têm cor: é a cor negra. Não houve qualquer avanço na luta social e contra a discriminação racial - afirmou Paim.

O senador pediu a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, de sua autoria, que está para ser votado, mas sempre recebe críticas e enfrenta empecilhos de setores da sociedade que não são, evidentemente, de negros, observou.

- O Estatuto da Igualdade Racial será a verdadeira carta de alforria do negro brasileiro, já que a primeira não funcionou. Por isso, peço ao Senado e aos senadores que o aprovem.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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