Paim defende proposta conjunta de CUT e Fiesp

Da Redação | 28/09/2004, 00h00

O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu a proposta de acordo pela redução da jornada de trabalho, segundo ele encaminhada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) como forma de manter o crescimento econômico no Brasil. A proposta, explicou, "passa pela redução da jornada sem a redução do salário, por um salário mínimo mais justo, participação nos lucros, reforma agrária, redução da taxa de juros e uma verdadeira reforma tributária que leve à desoneração da folha de pagamento".

Paim afirmou que o país atravessa uma campanha eleitoral em clima de muita tranqüilidade na economia, em que destacou a estabilização do câmbio, a alta na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a queda expressiva nos índices internacionais que expressam o risco de se investir no Brasil.

Para que a atual fase de crescimento possa se sustentar, alertou o senador, é preciso um estímulo maior aos meios de produção, "para que passem efetivamente da fase de limite máximo de produção em que se encontram para novos investimentos". No momento, avaliou Paim, o melhor estímulo para o setor produtivo é a redução nas taxas de juros.

­- Essas taxas precisariam ser reduzidas a patamares internacionais para permitirem remunerar os investimentos necessários ao crescimento - observou o senador, acrescentando que, com uma taxa de juros maior que 16% ao ano, "nenhum país consegue atrair investimento produtivo e o capital nacional foge da produção para a especulação".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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