Palocci explica argumentos contrários à adoção da CPMF para substituir impostos

Da Redação | 27/03/2003, 00h00

Ao responder ao senador Jefferson Péres (PDT-AM), Palocci contestou que um imposto sobre movimentação financeira da ordem de 1,92% fosse suficiente para substituir a quase totalidade dos impostos no Brasil. Segundo ele, a alíquota precisaria ser de 7%, e até de10%, se fosse incluída a desoneração das exportações.

- Ninguém precisa provar que tais alíquotas resultariam na desorganização econômica do país, ferindo de morte a intermediação financeira - argumentou.

Palocci citou o exemplo da Argentina onde uma alíquota de 1,2% sobre movimentação financeira resultou na total desorganização do sistema financeiro e precisou ser revogada.

Réplica

Ao exercer seu direito de réplica, Jefferson não considerou válida a experiência argentina por entender que foi realizada dez anos atrás, em um país com sistema financeiro fragílimo e com forte dolarização.

Os dois concordaram em realizar um encontro técnico no ministério, com senadores e integrantes do governo, para debater todos os lados da proposta de adotar um imposto mais alto sobre movimentação financeira.

- Fico satisfeito de ver que o ministro é um homem que tem uma virtude essencial, a humildade intelectual: está convicto de suas idéias mas, mesmo assim, aceita debatê-las com quem não concorda com elas - concluiu Jefferson Péres.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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