Para Agnelo, governo deve trazer grandes eventos esportivos para o Brasil

Da Redação | 25/03/2003, 00h00

Diante da iminência de o Brasil sediar os Jogos Panamericanos de 2007 e a Copa do Mundo de 2014, o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, afirmou nesta terça-feira (25) que o país e o governo têm a obrigação de tentar trazer os grandes eventos esportivos mundiais para o país. Segundo o ministro, esses eventos são importantes no sentido de impulsionar a economia e melhorar a imagem do país no exterior, com impactos positivos no turismo, entre outras áreas.

- Com a possibilidade de rodízio entre os continentes e de a Copa vir para a América do Sul, só perderemos o mundial de futebol se não cumprirmos as exigências da Fifa [instância máxima do futebol mundial]. Precisamos fazer isso desde já, com iniciativas que passam pela profissionalização do esporte, como o Estatuto de Defesa do Torcedor - disse o ministro, em resposta ao senador Aelton Freitas (PL-MG).

Agnelo disse esperar que o país possa cumprir boa parte das exigências até 2007, para que esteja pronto para sediar a Copa já em 2010. O ministro lembrou que duas cidades - São Paulo e Rio de Janeiro - também se candidataram para sediar os Jogos Olímpicos de 2012 e que o assunto não deve ser tratado apenas pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

- Os custos se pagam e o país pode ganhar muito dinheiro com isso, tendo em vista o que está acontecendo com a Alemanha (sede da Copa do Mundo de 2006). Daí a disputa ferrenha de grandes metrópoles do mundo como Nova York, Paris e Madri para sediar as Olimpíadas. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva goza de uma boa imagem no mundo inteiro e isso pode ser um estímulo para sediar os jogos, como um reforço da democracia e da economia do país - avaliou o ministro.

Paraolimpíadas

O senador Flávio Arns (PT-PR) cobrou do ministro uma política nacional para o desporto dos deficientes físicos. Ele afirmou que a 7ª edição dos Jogos da Juventude, a ser realizada neste ano, não prevê a participação de portadores de deficiência.

- O portador de deficiência foi esquecido pelo ministério, apesar de 15% do orçamento da área ser destinada para o desporto paraolímpico. Qual a proposta para que haja um setor e ações específicos no ministério para o portador de deficiência? - perguntou Arns.

O ministro afirmou que está discutindo com o Comitê Paraolímpico Brasileiro a realização conjunta dos jogos a partir do próximo ano, pois a utilização da infra-estrutura, com as adaptações necessárias, fica mais barata. A iniciativa, porém, disse Agnelo, não foi possível este ano.

- Para melhorar as iniciativas, é preciso ter uma política própria. Este ano, o orçamento é de R$ 7 milhões. O importante é que agora os esportes paraolímpicos têm recursos regulares, com um calendário definido até os Jogos Olímpicos de Atenas. Assim, esperamos que tenhamos boas condições para o desenvolvimento dos atletas que deram grande demonstração de capacidade nas Olimpíadas de Sidney - declarou o ministro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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