ARRUDA VAI AO STF CONTRA LIMINARES E PEDE RAPIDEZ

O presidente em exercício da CPI do Sistema Financeiro, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), entregou nesta terça-feira (dia 29) ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Veloso, recursos contra 11 liminares concedidas por ministros daquela corte beneficiando pessoas investigadas pela comissão de inquérito. As liminares impedem o uso de documentos obtidos pela quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico.Arruda pediu ainda ao ministro Carlos Veloso que o STF julgue os recursos até quinta-feira (dia 1º), véspera do início do recesso do Judiciário. Caso isso não ocorra, o presidente interino da CPI prevê que o mês de julho estará perdido para a CPI do Sistema Financeiro, pois as equipes técnicas do Senado continuarão impedidas de examinar os documentos sigilosos encaminhados pelos bancos, companhias telefônicas e Receita Federal.- Estamos confiantes numa decisão favorável. Mudamos nossa estratégia e agora oferecemos aos ministros que concederam as liminares toda justificativa para a decisão da CPI de quebrar o sigilo dos investigados. A CPI quebrou o sigilo porque as investigações revelaram suspeitas fundadas de que elas cometeram graves irregularidades - disse o senador.A CPI faz nesta quarta-feira (dia 30) sua última reunião antes do recesso parlamentar de julho. A portas fechadas, os senadores vão decidir os nomes dos banqueiros e ex-banqueiros que deporão na primeira quinzena de agosto sobre o Proer. A CPI tem como objetivo, entre outras coisas, investigar os motivos pelos quais o sistema financeiro nacional continuava frágil em abril passado, apesar de o Banco Central ter gasto mais de R$ 20 bilhões no Proer.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)