SENADORES DECIDEM FALAR COM PRESIDENTES DA REPÚBLICA E DO SENADO SOBRE DECISÃO DO STF

Da Redação | 24/06/1999, 00h00

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do sistema financeiro decidiu, em reunião fechada realizada nesta quinta-feira (dia 24), marcar audiência com o presidente Fernando Henrique Cardoso e com o presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, para que os senadores possam conversar com essas autoridades sobre a crise entre a CPI e o Supremo Tribunal Federal (STF). A comissão decidiu também continuar seus trabalhos até o início do recesso do Congresso, em julho, e retomar suas atividades, com novos depoimentos, em agosto, apesar da concessão de liminares do STF que suspenderam a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico, bem como a indisponibilidade de bens de pessoas investigadas pela CPI. As informações foram dadas pelo senador José Roberto Arruda (PSDB-DF), que voltou a assumir o cargo de presidente da CPI, em decorrência de novo afastamento do senador Bello Parga (PFL-MA). O senador maranhense solicitou licença à CPI por motivos de saúde e deverá ficar afastado por um mês. A primeira licença do senador ocorreu há pouco mais de dois meses, quando foi submetido a uma angioplastia no Instituto do Coração, em São Paulo, para desobstrução das artérias do coração.Na reunião, os senadores decidiram adiar a votação do requerimento do senador Pedro Simon (PMDB-RS), solicitando a suspensão dos trabalhos da CPI até que o plenário do STF vote o mérito dos mandados de segurança relativos às investigações da comissão. Segundo Arruda, os integrantes da CPI entenderam que não era o momento de apreciar esse requerimento, optando por levar o assunto aos presidentes da República e do Senado.- Se os trabalhos da CPI fossem paralisados agora, isso poderia ser interpretado como uma posição contrária do Congresso a outro poder. Este é um momento em que o país pede um espírito de concordância. Vamos conversar com o presidente da República e o do Senado sobre o assunto para termos uma reflexão sobre esse episódio - disse Arruda.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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