GILBERTO MIRANDA ESPERA AVANÇOS E REDUÇÃO EM PREÇO DE TELEFONEMA
Da Redação | 26/11/1998, 00h00
O senador Gilberto Miranda (PFL-AM) disse nesta quinta-feira (dia 26) que o leilão de venda da Telebrás é um ponto marcante na história do desenvolvimento brasileiro. "Com a passagem da telefonia às mãos da iniciativa privada, a expectativa geral é de que será rapidamente atendida a demanda reprimida dos brasileiros por telefones e resolvida definitivamente a dificuldade atual de se obter uma linha, especialmente em alguns locais e horários. Outra esperança é a de que, com a concorrência, o custo das chamadas telefônicas se reduza substancialmente", acredita o senador.De acordo com Miranda, hoje existem 18 milhões de linhas fixas e quatro milhões de linhas móveis (celulares) e o Ministério das Comunicações estima que, em dez anos, com a privatização, esses números atinjam 50 milhões de linhas fixas e 26 milhões de linhas móveis. "Só em São Paulo, ao lado dos 5,3 milhões de linhas instaladas, há uma lista de espera de 6,7 milhões", informou o senador.Outra vantagem da desestatização, listada por Miranda, seria o fim do mercado paralelo de linhas telefônicas. Segundo o senador, em alguns bairros da cidade de São Paulo o preço oficial da linha da Telesp - que não tem para vender - é de R$ 51,36, enquanto o mercado paralelo oferece uma linha para instalação imediata por R$ 2.925, com um aumento de 5.600%. Miranda também lembrou que o desenho final do novo sistema de telecomunicações brasileiro não está completo, pois a Anatel ainda vai colocar à venda as licenças para a exploração das empresas-espelho, que explorarão as mesmas áreas das telefônicas fixas e da Embratel.- Outra perspectiva favorável à modernização de nossas telecomunicações é a futura liberação, pela Anatel, do uso de novas freqüências de telefonia móvel, compatíveis com sistemas chamados PCS e PHS, já em uso nos Estados Unidos, no Japão, no Canadá e na Argentina. Também deverá entrar no mercado, dentro de dois anos, o sistema Wireless Local Loop, uma espécie de celular de alcance mais curto. Existe ainda a provável chegada, a partir de 2002, do celular de terceira geração, da tecnologia IMT 2000, capaz de transmitir dados e voz em maior escala - revelou Miranda.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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