PARA SIMON, LUÍS EDUARDO ERA UNANIMIDADE

Da Redação | 22/04/1998, 13h42

"Foi um impacto tremendo o que todos nós sofremos. A morte de Sérgio Motta seguiu-se à doença, mas a de Luís Eduardo veio de repente, no auge da juventude, em plena saúde, capacidade e competência. Ele era uma unanimidade tanto na Câmara quanto no Senado." Com estas palavras o senador Pedro Simon (PMDB-RS) lamentou a morte do deputado Luís Eduardo Magalhães, ocorrida ontem (dia 21). O senador explicou que toda a classe política era unânime em reverenciar a inteligência e a competência do deputado baiano.

Simon testemunhou que Luís Eduardo, com sua capacidade de somar e unir, conseguiu construir amizades com parlamentares dos mais diferentes segmentos políticos. "Eu costumava dizer, em tom de brincadeira, que ele tinha todas as qualidades do pai e nenhum dos seus defeitos", comentou.

Grande articulador político e hábil na arte de fazer amigos, o deputado, na opinião de Pedro Simon, era um dos grandes nomes da geração que hoje está na faixa dos 40 anos. "Já estava eleito governador da Bahia e tinha perspectiva de chegar à Presidência da República", completou.

Confessando também ter perdido um filho de 10 anos, Simon disse imaginar a dor que o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, está sentindo no momento. "Ele perdeu um filho no auge, no clímax da sua possibilidade de servir à Bahia e ao Brasil", lastimou.

O senador Pedro Simon disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso também deverá sentir muito a morte de Luís Eduardo Magalhães. "Fernando Henrique Cardoso levou dois choques mortais nesse curto período. Primeiro, Sérgio Motta, o seu amigo do coração, e agora o político que ele aprendeu a amar e a admirar", concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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