SENADORES ACHAM QUE PELÉ DEVE IR A CUBA

Da Redação | 20/01/1998, 14h37

Ao justificar o requerimento que deseja pleno êxito a Fidel Castro e ao papa João Paulo II, em razão da visita que este realiza a Cuba, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu hoje (dia 20) que o ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento (Pelé), aceite o convite que recebeu do governo cubano para visitar aquele país.

— Levando em conta a grande consideração que os governantes e o povo dos Estados Unidos, como de outros países, têm por Pelé, sem dúvida, o ministro dos Esportes poderá se tornar um catalisador da reaproximação de Cuba com os Estados Unidos, colaborando assim com os propósitos que Sua Santidade agora está expressando  argumentou Suplicy.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) sugeriu que o presidente da República induza Pelé a fazer essa visita, por entender que, assim como a visita do papa, a do maior atleta do século terá um alto significado, chamando a atenção do mundo para Cuba. Ele lembrou que, por unanimidade, o Senado brasileiro já aprovou mais de uma moção contra o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos e explicou que a atitude americana tem servido sobretudo para unir o povo em torno da figura de Fidel Castro.

 Que os Estados Unidos terminem este século terminando também com esta questiúncula  pregou o senador, certo de que João Paulo II aproveitará a visita para também apelar contra o bloqueio. — E minha esperança é que ele seja atendido pelo governo americano  afirmou Simon.

O senador Sebastião Rocha (PDT-AP) disse que, nessa viagem, o papa promove um processo de globalização da fé, demonstrando respeito pela autodeterminação dos povos e pelo direito que todos têm de manter a liberdade de pensar e agir.

Ademir Andrade (PSB-PA) declarou esperar que essa visita faça as outras nações observarem a necessidade de respeito para com o povo cubano. Em sua opinião, "quando se diz que Cuba é uma grande ditadura está-se cometendo um grande erro". Ele disse que Fidel Castro conseguiu criar naquele país "um povo solidário, cheio de amor, não apegado à vida material, e isso nenhum outro socialista conseguiu".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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