FRANCELINO DIZ QUE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS É BEM ACEITA NO PAÍS

Da Redação | 12/08/1997, 16h31

O senador Francelino Pereira (PFL-MG) afirmou que a receptividade da opinião pública à nova legislação sobre transplante de órgãos "não poderia ser melhor". Ele destacou a importância da campanha nacional de esclarecimentos sobre a doação presumida de órgãos que o Ministério da Saúde está promovendo nos meios de comunicação.

Francelino Pereira citou pesquisa do jornal mineiro O Tempo que revela que 58,4% da população de Belo Horizonte é doadora automática de órgãos. Pela pesquisa,70% dos entrevistados disseram que doariam seus órgãos a uma pessoa necessitada e 89% consideraram importante a doação. O senador lembrou ainda que o maior índice de adesão à fórmula da doação presumida foi na faixa etária dos 16 aos 24 anos, "revelando o elevado instinto de solidariedade da juventude mineira".

O senador fez um relato das medidas estabelecidas pela nova legislação como a permissão de retirada de tecidos, órgãos e partes após a morte, sem o consentimento da família, caso o falecido não tenha manifestado sua objeção a isso. Ele acrescentou que enquanto não for estabelecida a estrutura regimental do Ministério da Saúde, a Secretaria de Assistência à Saúde da instituição exercerá as funções centralizadoras do Sistema Nacional de Transplantes.

Lembrando que o material doado não poderá ser transplantado em receptor não indicado pelas Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, Francelino explicou que, até que essas centrais sejam criadas, as tarefas de sua competência serão exercidas pelas secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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