Diretora-geral apresenta ações sustentáveis implantadas no Senado

Da Redação | 22/06/2017, 19h49

A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, participou, nesta quinta-feira (22), do evento Sustentabilidade na Administração Pública e no 4º Seminário de Planejamento Sustentável do Poder Judiciário onde falou sobre a experiência da Casa no painel sobre Práticas Sustentáveis Inovadoras na Administração Pública Federal. Ela explicou que, desde 2009, a instituição vem buscando caminhos para alcançar uma maturidade organizacional, sem desprezar as conquistas do passado.

— Com o tempo, abriu-se espaço para que os servidores, e não somente a direção, firmassem compromissos com o Senado. A partir de então, conseguimos economizar e devolver recursos ao Tesouro, aumentar a capacitação do corpo funcional e fazer o investimento crescer — relatou a diretora.

Para Ilana, sustentabilidade e ética caminham juntas. Ela considera que servidores ocupantes de cargos de direção de instituições públicas precisam se comprometer a mudar todo o ambiente de trabalho e, por isso, sustentabilidade é um valor obrigatório. A diretora avalia que a Emenda 95, que limitou os gastos públicos, obrigou os órgãos a economizar e a gastar com inteligência. Ela citou as medidas tomadas nos últimos anos que representaram compromisso com os recursos públicos e com o meio ambiente, trazendo economia e racionalidade.

— A implantação do processo eletrônico levou à redução de 40% do uso de papel e também houve a diminuição de 50% do número de impressoras em todo o Senado. A compra de copos de vidro e a manutenção de apenas 10% da aquisição de copos descartáveis, além do desligamento do ar condicionado para economia de água e luz, além da menor vazão nas torneiras foram todas ações que enfrentaram resistências, mas hoje têm plena aplicação e excelente resultado — enumerou Ilana.

Social e econômica

Renato Fenili, diretor da Coordenação de Compras da Câmara dos Deputados, também participo do painel. Ele ressaltou que há mais de duas décadas se discute sustentabilidade, o que pode levantar hipóteses de que as práticas continuam em evolução ou o paradigma ainda não está vigente enquanto prática institucionalizada. O servidor disse que é preciso tornar o assunto um lugar comum e não se focar em casos de sucesso ou tratá-lo como inovação. Renato chamou atenção para o fato de que sustentabilidade não se resume a meio ambiente, mas também afeta as áreas social e econômica.

Assessora de Gestão Socioambiental do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ketlin Scartezini abordou a importância de os gestores públicos pensarem sobre gestão sustentável. Ela também argumentou que é preciso valorizar o corpo técnico das instituições públicas e mencionou o Decreto 6.114/2007, que regulamenta o pagamento da gratificação por instrutoria prevista na Lei 8.112/1990. Ketlin destacou ainda que aprender com a experiência positiva de outros órgãos é inovar.

O evento teve início na terça-feira, no Instituto Serzedello Corrêa, do Tribunal de Contas da União (TCU). No encerramento, na tarde desta quinta (22), está prevista assinatura de acordo de cooperação técnica em acessibilidade entre Senado, Câmara, STJ, TCU, Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)