Senadores comemoram os 20 anos da Rádio Senado na abertura de exposição sobre a emissora

Da Redação | 07/02/2017, 22h10

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, juntamente com outros senadores, diretores e servidores, inaugurou na noite desta terça-feira (7) a exposição que celebra os 20 anos da Rádio Senado. Eunício ressaltou a participação do ex-presidente da Casa José Sarney na criação da emissora. Montada na Senado Galeria, a exposição pode ser visitada até 17 de março.

— Quero fazer justiça ao presidente José Sarney, que deu a oportunidade para a Rádio ser instalada, e a Fernando César Mesquita, jornalista que iniciou o processo [de criação da emissora] — disse.

Eunício destacou a importância da emissora para o Senado e a sociedade brasileira.

— Eu estou muito feliz e muito orgulhoso por presidir o Senado neste momento em que a Rádio Senado completa 20 anos de dedicação à informação e de dedicação ao público. As pessoas que fazem parte dos meios de comunicação desta casa deram a todos nós a oportunidade de chegar nos mais longínquos lugares. Esta comemoração é muito importante para a comunicação brasileira. Parabéns a todos que fazem a Rádio Senado — disse.

Ao destacar a importância do rádio, Eunício recordou que, quando menino, seu pai reunia os filhos, primos e outros parentes para ouvir a Voz do Brasil. Lembrou ainda que, como ministro das Comunicações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, já previa a migração das emissoras AM para a frequência FM e a digitalização das rádios.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), aproveitando a cerimônia, solicitou ao presidente do Senado que crie condições financeiras e de recursos humanos para que a Rádio Senado seja digitalizada. Ela ressaltou “as duas décadas de comprometimento e seriedade da emissora e a sensibilidade para a transparência”.

O também radialista e senador Lasier Martins (PSD-RS) mencionou o requerimento de sua autoria e do senador Paulo Paim (PT-RS) para a realização de sessão especial em homenagem aos 20 anos da Rádio Senado.

O primeiro-secretário do Senado, José Pimentel (PT-CE), elogiou o ex-diretor de Comunicação Social Fernando César Mesquita, que, a convite do então presidente José Sarney, promoveu a implantação dos veículos de comunicação da Casa, chamando-o de “teórico e ideólogo do processo”.

Pimentel mencionou ainda o pedido da diretora da Secretária de Comunicação Social (Secom), Virgínia Malheiros Galvez, em reunião com os senadores, para que “não se deixe cair a qualidade dos veículos, em especial a da Rádio, que faz 20 anos”. Em resposta, ele disse esperar que a nova Mesa Diretora mantenha a qualidade já existente e busque a melhoria futura dos veículos.

O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que a população do interior vê no rádio o meio para se conectar com o que acontece no país.

— Sou de uma região em que o rádio é o veículo de comunicação que a gente tem. O rádio é algo fundamental para a vida do Parlamento e da atividade política. Quero assinalar o quanto é importante o trabalho que vocês fazem — afirmou Viana dirigindo-se aos profissionais da emissora.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) disse que, em seus seis anos de Senado, deve muito à TV e à Rádio Senado por seu “profissionalíssimo trabalho”. Brincando, mencionou que só cumprimentaria a rádio por seus 20 anos se conseguisse ser reeleito em 2018.

Revolução

O ex-diretor da Secretaria de Comunicação Social Fernando César Mesquita afirmou que a rádio simbolizou uma revolução na comunicação do Poder Legislativo, “com suas centenas de projetos e discursos importantes sobre a vida do país e do mundo”, numa época em que a grande mídia só falava do Parlamento e dos senadores de modo negativo, cujo trabalho as pessoas não acompanhavam por total desconhecimento.

A diretora da Secom, Virgínia Malheiros Galvez, destacou o trabalho integrado dos veículos de comunicação do Senado, que garante uma cobertura homogênea das atividades legislativas com otimização de recursos humanos e materiais.

— É uma só manchete, é uma só pauta, porque o Senado é um só. E o cidadão precisa entender isso de forma muito clara. Essa é uma construção coletiva de todos os dias do nosso trabalho — defendeu.

O diretor da Rádio, Ivan Godoy, disse que a emissora contribui para mostrar o trabalho do Senado e dos senadores.

— A comunicação do Senado sempre teve a compreensão de muitos senadores, desde a sua inauguração. Hoje, a rede abrange dez capitais e boa parte do Brasil — salientou.

Por sua vez, a diretora-geral da Casa, Ilana Trombka, também servidora da área de comunicação, recordou que, quando conheceu a rádio, ficou impressionada com a sua organização e experiência do pessoal que trabalhava na emissora à época.

— A comunicação deu uma oportunidade de saber o que o Senado faz. Hoje não há dúvida sobre a capacidade dos meios de comunicação [da Casa] de dar ao cidadão brasileiro a oportunidade de saber sobre todo o trabalho do Senado.

Rádio Congresso

Ao discorrer sobre o período que antecedeu a criação da Rádio Senado, o primeiro diretor da emissora, Sílvio Hauagen, lembrou que em 1963 a Mesa Diretora da Casa já havia feito a previsão de implantação de uma emissora legislativa, a Rádio Congresso.

— O regime militar abafou a iniciativa. A inauguração da rádio em 1997 representa o resgate de 34 anos. A Rádio Senado foi uma iniciativa de todas as áreas da Casa. Todos torciam pela sua criação — recordou o ex-diretor.

O diretor da Coordenação de Telecomunicações (Cootele), Narciso Mori Júnior, era, à época da implantação da emissora, diretor da então Secretaria de Telecomunicações (STEL). Ele mencionou o curto prazo de seis meses para a implantação da rádio e o auxílio de poucos técnicos para a instalação provisória em um estúdio da Voz do Brasil.

— Todos os projetos de eletrônica, e havia orçamento para isso, caíram sob minha responsabilidade. Até chegarem equipamentos do exterior, compramos alguns de uma emissora da Paraíba — disse, ao relatar a criação da Rádio e da TV Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)