Comissão promove seminário sobre aviação regional no Mato Grosso
Da Redação | 11/11/2016, 14h55
O Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional foi discutido nesta sexta-feira (11) em um seminário realizado na Assembleia Legislativa do estado de Mato Grosso, em Cuiabá. Durante o encontro, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) disse esperar que o governo federal reveja a decisão de reduzir o número de aeroportos contemplados no programa.
O encontro, organizado pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado (CDR) e conduzido por Wellington, integra a agenda de avaliação de políticas públicas do colegiado.
Anunciado em 2012 com o objetivo de atrair voos comerciais para cidades do interior, o Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional foi alterado pelo governo Michel Temer em agosto. Dos 270 aeroportos previstos no plano inicial, 94 deles foram cortados do programa.
No novo plano de investimento, o governo federal vai investir em 176 terminais regionais, sendo que deste total, 53 são considerados prioritários e vão receber investimentos de R$ 300 milhões, a partir do ano que vem.
Recessão
Segundo Eduardo Bernardi, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, a revisão foi necessária em razão do quadro de recessão enfrentado pelo país.
— Com as novas bases, o programa está adequado à realidade do país. A ideia é que agora a gente consiga investir mais fortemente em obras e ações pontuais e, assim, o programa decole — assinalou Bernardi.
Para Wellington Fagundes, o governo pode até atrasar os investimentos em alguns aeroportos, mas não deveria cortá-los em definitivo.
— Vamos trabalhar para que esses aeroportos sejam apenas sustados e não cortados e, com a recuperação econômica, possa ser concluído. Vamos trabalhar para que o governo federal implemente esse programa para baratear o preço das passagens e universalizar o uso desse transporte — disse.
Os senadores José Medeiros (PSD-MT) e Cidinho Santos (PR-MT), deputados estaduais e outros participantes da audiência apontaram que a construção, ampliação e reforma dos aeródromos trarão como retorno o crescimento da arrecadação, como resultado da promoção do turismo e do desenvolvimento de regiões hoje pouco integradas do território nacional.
— O desenvolvimento não chega onde não há aeroportos — afirmou Medeiros.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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