Randolfe defende soberania da vontade popular

Da Redação | 30/08/2016, 22h34

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que o processo de impeachment não é o julgamento de Dilma Rousseff ou do legado dos governos do PT, mas é na verdade um julgamento sobre a democracia. O senador criticou a condução econômica e as decisões ambientais do governo Dilma, mas destacou que o povo é quem deve decidir sobre os seus governantes.

— Isso não é um julgamento de governo. O espírito público, o poder que o povo nos delegou, não pode nos permitir a agir com sentimento de vingança. O governo do PT teve vários erros, mas esses erros não podem levar à condenação de uma inocente —  ponderou o senador, ao discursar no Plenário do Senado na noite desta terça-feira (30).

Para Randolfe, a decisão a favor do impeachment abre um precedente perigoso, já que qualquer maioria parlamentar "de ocasião" poderá substituir a decisão soberana do voto. Ele criticou a postura do PMDB, que era parceiro do governo e hoje é o principal ator do processo de afastamento de Dilma. O senador também lamentou as anunciadas decisões do governo Michel Temer, que poderiam, segundo ele, comprometer direitos sociais e trabalhistas. Randolfe ainda manifestou apoio ao plebiscito, proposto por Dilma, que poderia antecipar as eleições presidenciais.

— O remédio para um governo impopular é a soberania da vontade popular. Não existem atalhos, como este que o PMDB quer implementar — declarou, ao se posicionar contrário ao afastamento de Dilma.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)