Bibliotecas do Senado e da Câmara firmam parcerias para racionalizar custos

Da Redação | 04/07/2016, 08h57

As bibliotecas do Senado e da Câmara dos Deputados têm firmado parcerias para otimizar recursos humanos, racionalizar custos e compartilhar informações. É o caso da ferramenta BIB (Busca Integrada de Bibliografia), que permite a pesquisa simultânea em várias fontes, como base de dados, e-books e periódicos eletrônicos. Adquirida pela Câmara no ano passado, está sendo utilizada pelas duas Casas Legislativas.

Marcio Sampaio, diretor da Secretaria de Gestão e Documentação do Senado, ressalta que o compartilhamento deve ser entendido como integração das atividades comuns e disseminação do conhecimento.

— Os ganhos são refletidos nos usuários internos e externos, tanto em termos de atendimento quanto na questão orçamentária. Além disso, não há necessidade de duplicar força de trabalho — afirma o diretor.

A parceria está em consonância com o Ato Conjunto 2/2016, da diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, e do diretor-geral da Câmara, Romulo de Souza Mesquita, que prevê o compartilhamento de serviços. Um grupo de trabalho formado por servidores das duas instituições terá a tarefa de padronizar procedimentos administrativos e criar formas de compartilhamento de áreas, instalações, bens e serviços entre as duas Casas.

A coordenadora da Biblioteca do Senado, Helena Celeste Vieira, afirma que o ato conjunto contribuirá para o aumento do caráter cooperativo, garantindo maior eficiência ao serviço público. Ela destaca outras parcerias que têm sido firmadas com a Câmara.

— Nós também compartilhamos pesquisas, facultamos empréstimos a servidores das duas Casas e realizamos treinamentos, relacionados à Biblioteconomia, em parceria — disse a coordenadora.

Segundo a diretora da Biblioteca da Câmara, Janice Silveira, a meta é que as parcerias continuem avançando, com ações como assinaturas conjuntas de bases de dados e periódicos.

— Faremos o que for possível para realizar aquisições coordenadas. Sempre houve essa parceria, mas agora ela acontece de forma mais efetiva — disse.

Rede virtual

Helena Celeste Vieira ressalta ainda que o Senado e a Câmara estão interligados há 41 anos por meio da Rede Virtual de Bibliotecas — Congresso Nacional (RVBI). Coordenada pelo Senado, a ferramenta funciona como uma rede cooperativa que agrega recursos bibliográficos, materiais e humanos de bibliotecas da administração pública federal e do governo do Distrito Federal.

Atualmente, a RVBI possui um catálogo coletivo com 971.671 documentos, entre livros, artigos de revistas e jornais, coleções de periódicos, obras raras e documentos digitais. A página está disponível no endereço www12.senado.leg.br/institucional/biblioteca e pode ser acessada gratuitamente pela internet.

Segundo a coordenadora da Biblioteca do Senado, são vantagens do trabalho cooperativo a racionalização do orçamento, a otimização dos serviços e a troca de experiências entre profissionais da área. O sistema da rede possibilita, ainda, o compartilhamento de recursos humanos entre as bibliotecas participantes.

— Digamos que o Senado ou a Câmara precise indexar 200 títulos de revistas. Esses títulos são distribuídos entre as bibliotecas e cada uma faz um quantitativo, conforme a disponibilidade de recursos humanos de cada uma. Esse trabalho intelectual de cooperação técnica é muito importante para eficiência e presteza das atividades desenvolvidas — afirma Helena.

Outro exemplo de compartilhamento de serviços foi a aquisição pelo Senado, há 16 anos, do software Aleph, voltado para o gerenciamento de bibliotecas e que utiliza o formato bibliográfico internacional das principais bibliotecas mundiais. A Câmara dos Deputados e demais bibliotecas que compõem a RVBI também utilizam o sistema.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)