Lindbergh Farias crê que gravações implicam PSDB em "complô para o impeachment"

Da Redação e Da Rádio Senado | 30/05/2016, 18h00

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) destacou em Plenário nesta segunda-feira (30) vários trechos das últimas gravações divulgadas na imprensa envolvendo Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, empresa que é braço logístico da Petrobras. Na visão do senador, as gravações reforçariam a tese do golpe, já que vários trechos revelam a opinião de que a operação Lava Jato só seria contida com o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Ele acrescentou que o impeachment é o primeiro passo para a retirada de direitos e conquistas do trabalhador brasileiro.

O senador também criticou a participação do PSDB no processo de afastamento de Dilma. Na visão de Lindbergh, o PSDB está em crise e é o partido que mais perdeu com o impeachment. Ele lembrou que o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, tem sido citado em várias gravações. Lindbergh disse que Aécio chegou a ter 35% de intenção de votos para presidente da República em 2018 e já desceu para 17%. Para o senador petista, o PSDB perdeu espaço por covardia, ao se aliar com manifestantes conservadores, que até pediam o retorno da ditadura militar.

— O PSDB mudou de posição. Ele foi convencido a entrar no impeachment. E na minha avaliação foi por medo, por achar que o governo de Michel Temer poderia trazer alguma proteção a eles. Tá claro: desse grande acordão pra parar as investigações da Lava Jato, o PSDB participou.

Lindbergh também destacou a repercussão internacional da revelação das últimas gravações. Conforme o senador, o jornal New York Times, dos Estados Unidos, sugere que houve um complô para a retirada da presidente Dilma Rousseff. Na mesma linha, o The Guardian, da Inglaterra, diz que um acordo foi acertado em Brasília, tendo como objetivo o afastamento de Dilma.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)