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05/06/2025, 19h35 - ATUALIZADO EM 05/06/2025, 19h48
Duração de áudio: 10:01

Transcrição
EU SOU RICARDO NAKAOKA E ESTES SÃO OS DESTAQUES DE HOJE DO JORNAL DO SENADO, QUE COMEÇA AGORA FÓRUM DO BRICS PEDE FIM DE PROTECIONISMO E 'TOLERÂNCIA ZERO' CONTRA TERRORISMO REGULAMENTAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO BRASIL PODE SER VOTADA ATÉ O FINAL DO ANO BRASIL DESTACA LIDERANÇA EM ALIMENTOS E MEIO AMBIENTE E VALORIZA BRICS COMO ALTERNATIVA COMERCIAL BOA NOITE! AO FAZEREM UM BALANÇO DO 11º FÓRUM PARLAMENTAR DO BRICS, OS PRESIDENTES DO SENADO, DAVI ALCOLUMBRE, E DA CÂMARA, HUGO MOTTA, RESSALTARAM A IMPORTÂNCIA DA TROCA DE EXPERIÊNCIAS BEM-SUCEDIDAS ENTRE OS PAÍSES DO BLOCO. UM DOS PONTOS PRIORITÁRIOS DO ENCONTRO, A REGULAMENTAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, ESTÁ COM O DEBATE AVANÇADO NO BRASIL. SEGUNDO HUGO MOTTA, A CÂMARA DEVE VOTAR UMA PROPOSTA SOBRE O TEMA ATÉ O FIM DO ANO. REPÓRTER PAULA GROBA Os presidentes da Câmara e do Senado destacaram a liderança do Brasil na produção de alimentos e na preservação ambiental. Davi Alcolumbre defendeu o BRICS como alternativa a tensões comerciais e ressaltou que o Brasil tem exemplos a oferecer, como o SUS e a responsabilidade ambiental. Diante de críticas sobre possíveis retrocessos na legislação ambiental brasileira, o senador reforçou que o país trata a preservação do meio ambiente com seriedade e é a nação com a maior extensão de áreas protegidas no planeta. Muito fácil apontar o dedo aqueles que já industrializaram as suas nações há 200, 300, 500 anos. Ninguém tem autoridade de apontar o dedo para o Brasil do ponto de vista da preservação ambiental. Os outros países não têm o que nós temos. Uma natureza exuberante preservada O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que o uso da inteligência artificial é um desafio comum aos países do BRICS e destacou o avanço do Brasil no tema. Ele lembrou que o Senado já aprovou uma proposta e que a Câmara deve votar um projeto até o fim do ano. Eu quero encerrar se Deus quiser o ano de 2025 entregando uma legislação votada pela Câmara sobre Inteligência Artificial. Natural que um tema complexo como esse que a Câmara faça um texto diferente daquele que veio do Senado e aí a matéria deve, penso eu, retornar ao Senado pra que o Senado possa dar a palavra final.  A participação feminina foi destaque no 11º Fórum Parlamentar do BRICS, que pela primeira vez incluiu reuniões com parlamentares mulheres. O Congresso brasileiro propôs que o tema da inclusão de gênero passe a ser permanente na agenda do bloco. PAÍSES DO BRICS DEFENDERAM, DURANTE O FÓRUM PARLAMENTAR, UM MARCO REGULATÓRIO COMUM SOBRE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ENTRE OS PAÍSES DO BLOCO. O OBJETIVO É PRIORIZAR OS INTERESSES, COMBINANDO CRESCIMENTO TECNOLÓGICO COM INCLUSÃO SOCIAL. REPÓRTER MARCELLA CUNHA Durante a 4ª sessão de trabalho do 11º Fórum Parlamentar do Brics, os participantes defenderam a criação de um marco regulatório global para a Inteligência Artificial. Os países do bloco querem ter um papel central na regulação, garantindo uma governança compartilhada que beneficie as economias emergentes. O objetivo é garantir que a IA não seja apenas uma ferramenta de avanço econômico, mas possa ser usada para promover justiça social e erradicar desigualdades. Para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que é o coordenador parlamentar do Fórum, os integrantes do Brics dividem as mesmas preocupações em relação ao uso da IA, como proteção dos direitos humanos e privacidade.  Identifiquei muitas preocupações comuns entre os países que compõem o Brics, especialmente a preocupação de que a adoção dessa tecnologia se dê de uma forma inclusiva, responsável, com preservação da privacidade dos dados e a garantia de que haverá uma ação importante para impedir eventuais abusos nessa utilização.  Durante a discussão, o representante do Irã, Mostafa Taheri, destacou a necessidade de alinhar legislações para facilitar a troca de dados, já que a falta de harmonização das regulamentações tem dificultado a cooperação entre os países. Já Sara Falaknaz, dos Emirados Árabes Unidos, alertou para os riscos de ampliação das desigualdades se a tecnologia não for bem regulada.  Wang Ke, do Congresso Nacional do Povo da China, relatou que alguns países estão obcecados em "construir um pequeno pátio com muros altos" em relação IA, sugerindo que a falta de intercâmbio enfraquece a capacidade de responder a riscos comuns. Também foram ouvidos parlamentres da Rússia, Egito e Índia. A SENADORA DOUTORA EUDÓCIA, DO PL DE ALAGOAS, RESSALTOU O IMPACTO TRANSFORMADOR DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, ESPECIALMENTE NA ÁREA DA SAÚDE. SEGUNDO A PARLAMENTAR, OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS TÊM IMPULSIONADO DESCOBERTAS E INOVAÇÕES NA MEDICINA, COM DESTAQUE PARA A PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS E O DESENVOLVIMENTO DE VACINAS TERAPÊUTICAS. ELA CITOU O TRABALHO DO INSTITUTO GAMALEYA, NA RÚSSIA, QUE UTILIZA BIOTECNOLOGIA NA CRIAÇÃO DE VACINAS CONTRA O CÂNCER, E CLASSIFICOU ESSA ABORDAGEM COMO UM “DIVISOR DE ÁGUAS” NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO, DESTACANDO O PAPEL DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NESSE PROCESSO. DOUTORA EUDÓCIA INFORMOU AINDA QUE PRETENDE VISITAR O INSTITUTO RUSSO EM OUTUBRO PARA ACOMPANHAR DE PERTO OS ESTUDOS. "Os médicos russos já estão começando a aplicar, já estão começando a administrar nos pacientes oncológicos, no grupo de estudos, e nesse segundo semestre vão ampliar essa distribuição e esse tratamento com essa vacina. Posteriormente, nós iremos ter esses dados para que a gente possa também trazer aqui para o nosso país. Por isso a importância desse fórum aqui no nosso país, especialmente, uma vez que é a primeira vez que o BRICS está ocorrendo aqui no Brasil". PAZ E SEGURANÇA MUNDIAIS TAMBÉM FORAM TEMAS DISCUTIDOS EM UMA DAS SESSÕES DO DÉCIMO PRIMEIRO FÓRUM PARLAMENTAR DO BRICS, NESTA QUINTA-FEIRA. PARLAMENTARES DO BLOCO DEFENDERAM O COMPROMISSO COM POLÍTICA DE TOLERÂNCIA ZERO CONTRA O TERRORISMO E A RESPONSABILIZAÇÃO DE AUTORES E FINANCIADORES, SEM ASSOCIAR TERRORISMO A RELIGIÕES OU ETNIAS. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS Os representantes de parlamentos foram unânimes na análise de que o atual modelo de arquitetura multilateral, construído há 80 anos, depois do fim da segunda guerra, está desconectado das atuais necessidades mundiais. Essa também é a opinião do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para quem o Brics deve atuar no combate ao terrorismo e na resolução de conflitos internacionais. O multilateralismo que buscamos é pacífico, é justo, seguro, sustentável e, sobretudo, é principalmente inclusivo. E deve ecoar os próprios sentimentos que levaram à criação do BRICS e que mantém este bloco: a não interferência, o respeito, a busca do consenso e a amizade fraterna entre nossos povos. Para o presidente do Parlamento do Irã, Mohamed Bagher Ghalibaf (Mohamed Bagher Kalibáf), a situação em Gaza é um exemplo de que as estruturas atuais de governança global são ineficazes e são a própria origem de crises. Ele ainda defendeu a criação de um grupo de trabalho parlamentar do Brics para encontrar caminhos e sugerir recomendações para a reforma do sistema multilateral global. Também participaram dos debates sobre a reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança os representantes de parlamentos da Rússia, de Cuba, de Belarus e da Índia.  O PLENÁRIO DO SENADO TAMBÉM SEDIOU DEBATE SOBRE CLIMA E SUSTENTABILIDADE. PARLAMENTARES DE PAÍSES COMO ÁFRICA DO SUL, ÍNDIA, IRÃ E CHINA DECLARARAM APOIO E RECONHECERAM RESPONSABILIDADES NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS CLIMÁTICAS. NA DECLARAÇÃO FINAL DO FÓRUM, HOUVE APELO POR METAS MAIS AMBICIOSAS NO ACORDO DE PARIS E ÊNFASE EM UMA TRANSIÇÃO ECOLÓGICA JUSTA QUE NÃO ONERE PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO. REPÓRTER CESAR MENDES. O "Diálogo Interparlamentar do Brics sobre Clima e Sustentabilidade" teve representantes de 6 países como oradores: África do Sul, Índia, China, Irã, Bolívia e Cuba. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, lembrou que o mais recente relatório do IPCC afirma que esta década vai determinar se vamos conseguir limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais e disse que a cooperação entre os países é fundamental nesse esforço. (deputado Hugo Motta) "Detemos recursos e capacidades que podem transformar o progresso mundial no combate às mudanças climáticas. Nossa força está na nossa união." Vice-presidente da Câmara Alta do Parlamento da Índia, Harivansh Narayan destacou que os Brics reúnem 11 das mais importantes economias emergentes do mundo, quase 50 % da população global e 40 % do PIB mundial; números que ressaltam a importância desses países na luta contra as mudanças climáticas. E  Gholamreza Taj Ghardoun, da Assembléia Consultiva Islâmica do Irã, destacou que os parlamentos desses países têm grande responsabilidade na formulação de políticas climáticas. COM TRABALHOS TÉCNICOS DE __ELISEU CAIRES__, O JORNAL DO SENADO FICA POR AQUI. ACOMPANHE, AGORA, AS NOTÍCIAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. BOA NOITE E ATÉ AMANHÃ. //

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