Inovação na Administração Pública — Rádio Senado
Senado e Você

Inovação na Administração Pública

Em sua edição de abril, o podcast Senado e Você entrevista Henrique Porath, coordenador do Núcleo de Apoio à Inovação do Senado Federal. Ele fala sobre a importância de um trabalho estruturado sobre inovação no âmbito do setor público, e também explica a atuação do Senado nessa área.

Criado em 2019, o Núcleo de Apoio à Inovação (Nainova) tem, entre suas atribuições, o papel de assessorar a Instituição nas ações relacionadas a inovação, gestão da mudança em processos e transformação da cultura organizacional, bem como  desenvolver projetos de fomento à inovação, prestar consultoria para o desenvolvimento de projetos locais e corporativos e facilitar processos colaborativos transversais, participativos e colaborativos.

Segundo Henrique Porath, coordenador do Nainova, a inovação é algo presente na vida de todas as pessoas, em todas as instâncias: “A inovação acontece independentemente de qualquer esforço que se faça para isso; ela se impõe”.

No que se refere à Administração Pública, Porath diz que inovar é uma necessidade permanente: “Em grande medida, o setor público é bastante fracionado, então a inovação tem essa função de construir pontes, aproximar as pessoas, para que tenhamos processos mais colaborativos, que a forma de trabalho seja cada vez mais objetiva e eficiente na prestação de serviços à população”.

Em sua conversa com o podcast Senado e Você, o coordenador conta como se deu a estruturação do Nainova, e relata exemplos de projetos conduzidos pelo Núcleo que, segundo ele, contribuíram para o aprimoramento de processos na Casa. Ele cita, por exemplo, o esforço para viabilizar a atuação dos servidores durante a pandemia, que passaram a contar com ambiente virtual de trabalho. Também fala sobre projetos futuros do Senado na área da inovação.

20/04/2023, 17h06 - ATUALIZADO EM 19/06/2023, 19h28
Duração de áudio: 23:59

Transcrição
Transcrição automática do áudio: Senado e você! Olá, eu sou Celso Cavalcanti e este é o Senado e você, que apresenta mensalmente as boas práticas de gestão e ações de responsabilidade social e ambiental promovidas e executadas pela instituição. E nesta edição, o nosso assunto é INOVAÇÃO na administração pública. E quem vai conversar com a gente sobre este tema é o coordenador do núcleo de apoio à inovação do Senado Federal, Henrique Porath. O núcleo, vinculado à diretoria geral da casa, tem, entre suas atribuições, a missão de assessoramento, a ações relacionadas à inovação, gestão da mudança em processos e transformação da cultura organizacional. Olá Henrique, obrigado por aceitar nosso convite para este bate-papo aqui no Senado e você. Olá Celso, um prazer estar aqui contigo. Bom Henrique, vamos começar falando qual que é a importância de trabalhar essa questão da inovação no âmbito do setor público. Bom, Celso, acho que a primeira coisa a mencionar a respeito disso é que a inovação acontece independentemente dos esforços que se tenha em torno disso. A inovação é algo que acontece em todas as organizações vivas. Então se é uma organização que está pulsante, que está procurando atender da melhor forma o seu propósito, ela vai inovar em alguma medida. Então, de maneira geral, eu gosto sempre de fazer esse ponto, que a inovação está presente na vida das pessoas em todas as instâncias. Resulta que a gente não queira. Exatamente, muito menos somos atropelados por ela. Bom, e no setor público, isso é uma necessidade bastante sentida também, principalmente no sentido da gente construir pontes. Eu vejo o setor público em uma grande medida bastante fracionado. Temos uma primeira grande divisão dos três poderes, mas dentro dos poderes a gente vê muita dificuldade, e mesmo dentro do Senado. A gente vê essa necessidade, os famosos silos. Então a gente entra muito com uma função de quebra-muros, de aproximar as pessoas, de procurar encontrar os melhores pontos de apoio para os projetos que precisam ser desenvolvidos pela casa. Então no setor público eu vejo essa necessidade que a gente tem para que a gente tenha processos mais colaborativos, que a forma de trabalho ela seja cada vez mais objetiva, eficiente, e prestando o serviço que a gente precisa para a população. E mesmo que os processos, como acontece com a gente, estão no Nae Nova, sejam muito voltados para ações internas. Então a gente precisa buscar também essa eficiência nos processos internos para que a gente tenha uma instituição mais eficiente entregando os melhores resultados para a sociedade. Entendi. E qual que é a diferença, se é que existe, imagino que sim, de trabalhar a inovação no setor público em relação a, por exemplo, o setor privado, a empresa privada no setor público. Como você falou, ele é fracionado, são gestores que se sucedem, não é aquela coisa que tem um dono ali que fica ali permanentemente. Qual que é essa diferença? Acho que tem algumas. Uma que eu mencionaria de pronto é o valor. O que nós precisamos entregar de valor num processo de inovação. Quando a gente está falando em setor público, os valores são valores difusos, são valores de interesse da sociedade em grande medida. E se a gente for olhar para a iniciativa privada, vai ter um forte vínculo ao desempenho financeiro da empresa. É o lucro. E quando a gente está olhando para setor público, a gente tem uma série de outras ações que a gente, outros valores que a gente precisa colocar na frente do lucro. Então, claro, tem uma questão da eficiência, de recursos, isso é uma necessidade óbvia que a gente precisa enfrentar. Mas tem também a necessidade de a gente criar cooperação, de a gente criar formas de trabalho que melhor atendam a sociedade. Quais são os serviços que a gente presta para a sociedade? Uma das funções, essa atual onda de inovação que a gente percebe tomando conta do serviço público, relaciona-se a gente ouvir o cidadão. Isso é uma necessidade que tem-se feito cada vez mais presente e que não recebia devido à atenção, vamos imaginar, uns 10 anos atrás. A gente posiciona mais ou menos o início dessa onda de inovação por 2012, 2013, quando chegam as abordagens de design thinking, design serviço, chegam no governo brasileiro e começam a ter esse movimento. Então, a gente vê essa necessidade de a gente criar as condições para que a gente tenha as colaborações certas acontecendo na sociedade e como a gente consegue entregar o valor que de fato é de interesse da sociedade. E você avalia que a administração pública brasileira está no momento bom em relação à inovação ou a gente ainda está muito atrasado com isso? Eu acho que nós estamos fazendo bonito. Eu tenho essa leitura principalmente por acompanhar eventos de inovação de setor público e algumas entidades que olham para, como por exemplo a political, que é um organismo do Reino Unido que tem uma função de olhar para a inovação pública mundo afora, ou mesmo a OCDE, OCDE também tem um olhar muito atento para a inovação do setor público. E o governo brasileiro acaba despontando a frente de muitos estados estrangeiros que ainda não estão tão adiantados em termos de digitalização, por exemplo. Que bacana. Então, eu vejo mesmo o Senado, o Senado tem o seu próprio ritmo de inovação. Por exemplo, uma das coisas que nós fizemos nos últimos anos para cá, a eliminação de papel nos processos, acho que isso foi uma coisa muito significativa. Aquela impressão da ordem do dia. Quando eu cheguei aqui no Senado, a gente passava ali na sala, eram pilhas e pilhas de papel. Em pouca gente abria aqueles cadernos. Era quase uma resma por senador para cada sessão. Todos os dias. Era um absurdo. E agora a gente já tem esses processos bastante digitalizados. O processo legislativo, que ainda dependia muito de papel, esse ano está 100% digitalizado também. Então a gente tem o governo federal também. Tem alguns movimentos muito interessantes de digitalização dos seus serviços. Aquela conta, ponto GOV, foi uma avança aquilo, né? Foi. Sem dúvida, né? A gente está conseguindo digitalizar muita coisa, porque a gente vê que o mundo afora aí, mesmo... A gente não precisa ficar também restrito ao setor público, estrito senso, mas se a gente for olhar o setor bancário brasileiro, ele está lego à frente de muitos dos setores bancários de outros países. Coisa boa. A gente imagina sempre a tendência do brasileiro imaginar que "ah não, no primeiro mundo que a inovação está bombando". E a gente esquece de olhar um pouquinho para tudo que tem sido feito aqui no nosso país. Verdade, verdade. Temos muitas... A semana de inovação, que acontece normalmente no segundo semestre, promovido pela ENAP, pelo G9, que é o laboratório de inovação da ENAP, ali é uma grande vitrine do que nós temos feito. E de fato tem muita coisa interessante acontecendo em todos os instantes do governo brasileiro. E o Senado participa dessa semana? O Senado participa. Nós sempre temos feito um esforço de participar. Se não me engano, estamos indo para a Nona edição esse ano. Olha só. E o Senado tem estado próximo desde a segunda semana de inovação. A primeira semana ainda não estávamos sabendo que esse movimento estava se criando, mas a partir da segunda semana a gente sempre tem participado ativamente. Tá certo, a gente está conversando com o Henrique Porat, que é coordenador do NAI Nova, o núcleo de apoio à inovação do Senado Federal. Henrique, e como surgiu essa ideia de criação desse núcleo aqui no Senado? Ela veio muito na esteira dessa rede de inovação do governo federal, do executivo em grande medida, que foi a Rede Nova Gove. A Rede Nova Gove se formou por um esforço tripartite, foram órgãos das três esferas que se juntaram, pelo legislativo foi o TCU, que esteve na fundação da rede, o CNJ, pelo Judiciário, e o planejamento pelo executivo. Isso foi em 2015, se não me engano. E esse movimento começou na época, estudava design na UNB, e uma professora da época falou, "olha, está acontecendo um negócio interessante lá na app, eu sei que você é do Senado, porque sabe que você não vai lá saber o que está acontecendo." E eu fui atrás e era a fundação do Genova, que era o laboratório lá da app, e começou esse movimento todo de inovação, então começou a pipocar o laboratório em tudo quanto é canto, e eu vi o Senado ficando para trás nessa conversa toda. Eu me aproximei muito por conta do curso que eu fazia na UNB na época, mas no Senado não via esse movimento, eu falei, "bom, acho que precisamos trazer isso para o Senado, o Senado precisa participar dessa conversa, a Câmara já participava, o TCU já participava." E aí eu aproveitei o Manhã de Ideias, então teve o Manhã de Ideias, se não me engano, foi no final de 2016. Manhã de Ideias, que é um espaço aberto no Senado Federal para que os servidores, colaboradores apresentem sugestões, propostos. Isso, é um programa de portas abertas, que é o momento em que a diretoria geral e os seus dois adjuntos ficam à disposição da comunidade como um todo para receber sugestões, críticas, propostas de desenvolvimento. E aí você apresentou essa sugestão do Úcliu nessa Manhã de Ideias. Foi, eu fui até o Manhã de Ideias, eu via a movimentação já ganhando força, ganhando tração no executivo, e aí eu vi o Senado, assim, ainda de fora dessa conversa. E aí eu aproveitei o Manhã de Ideias para olhar, olha, esse movimento está acontecendo, que tal a gente fazer alguma coisa, a gente pode pensar no núcleo, pode pensar em vários formatos, e depende, claro, de uma leitura, da cultura organizacional, como é que nós funcionamos aqui dentro. Então a formatação ainda estava um pouco em suspenso, ainda estava em discussão, como seria esse formato. Mas o Manhã de Ideias já serviu como esse momento de trazer luz à ideia, de colocar na frente da diretoria geral também. A época eu saí da SECON, eu trabalhava na com-app como design gráfico. Coordenação de marketing e publicidade. Isso, que hoje em dia virou a COSI, de comunicação interna. Então na época eu trabalhava com design gráfico por lá, e eu já entendi que o lugar de uma iniciativa desse tipo tinha que ser na DEGER, por ser uma função corporativa. A ideia é que a gente não tenha um espaço, um núcleo, um laboratório, uma innovação por cada secretaria, justamente por essa função de convergência. E aí eu fiz um movimento na época de sair da SECON e ir para de baixo da diretoria geral, e lá eu comecei a fazer um trabalho meio clandestino. Então eu estava trabalhando na gestão de pessoas, na coordenação de política de pessoal, mas já comecei a pegar um projeto ou outro de colaboração, usando principalmente as abordagens do design thinking. Então a gente começou a experimentar coisas em cima de projetos, tamanhamento, problemas, dificuldades que os gestores sentiam, e a gente começou a aplicar essas ferramentas de uma maneira bastante informal. E aí a coisa foi ganhando força, foi ganhando mais ouvidos no Senado, e a gente conseguiu fazer em 2018 a contratação da Uigovi, que é uma empresa catarinense especializada em inovação no setor público, para a gente rodar um grande programa de inovação aqui dentro, que foi a jornada da inovação, que aconteceu em 2019, antes da pandemia, que foi um processo completo de design thinking. Então a gente foi desde a ideação, da identificação de problemas, do que a gente quer tratar, até um protótipo. Então o que de fato essa solução significa, o que a gente está pretendo tratar com ela? E na prática, quais foram esses projetos, como a gente pode ver a aplicação prática dessas ideias de inovação? A gente, como diz o nome do núcleo, o núcleo de apoio e a inovação. Então a gente tem uma característica que nós não somos propriamente um laboratório de inovação, um escritório de projetos. Então nós não temos uma competência nata de desenvolver projetos de inovação, de fazer aplicação de tecnologias. A gente tem uma função de fazer a porte de abordar as metodologias em projetos de outros setores. Então a nossa função é uma função de apoio, de fato, às unidades que queiram trabalhar os seus processos e melhorá-los. Entendi. E quais projetos citaria como exemplos de sucesso nessa trajetória do Nainova? Bom, de 2019, eu marco o início de 2019 como o início do Nainova, porque quando nós temos dedicação exclusiva ao tema. Antes disso a gente se dividia entre outras tarefas. Era o trabalho clandestino. E aí em 2019 a gente conseguiu criar uma equipe dedicada ao tema e com um espaço que é adequado para a gente conduzir oficinas, trabalhos colaborativos com muitas pessoas e tal. Então a gente tem essa característica de a gente depender muito da demanda. A gente precisa ser acionado pelas áreas que queiram fazer. Então, queriam fazer algum processo de melhoramento, criar um novo serviço, criar um novo produto. Então a gente precisa ser acionado. A gente tem um braço muito forte de comunicação. A gente precisa se fazer conhecido pela organização. E aí tem algum desses que você destacaria para a gente? Tem alguns. De lá para cá, de 2019, a gente já atua em mais de 100 projetos. Mais não, em quase 100. Estamos chegando nessa marca. Muita coisa. Muita coisa. Mas também são projetos pequenos. Tem uns menores, tem os maiores. Eu destacaria alguns aqui. Tem um trabalho que a gente fez logo no início, em 2019, bem no início de 2019, que foi quando nós recebemos uma grande leva de comissionados. Então era a troca de dois terços da casa. E muita gente nova chegando. Então foi um momento de muita atenção na casa. Como a gente vai receber? Vai ter muita coisa mudando no espaço curto de tempo. Então nós fizemos um trabalho de design serviço para ajudar a polícia, o PRODASEM, todos esses órgãos, o pessoal da gestão de pessoas, para ajudar na organização dessa recepção. Então a gente fez um trabalho de acolhimento desses comissionados que estavam chegando, de dieta de documentação, de fazer o cadastro na polícia, de sair com o crachá na hora. Quer dizer, desenhar todo um processo para facilitar esse recepção. Para evitar que o comissionado precisasse de pular em setor, em setor, e desbravando o senado para encontrar os lugares que ele precisaria fazer os seus processos. Entendi. E aí veio a pandemia. Como é que foi o trabalho do Nainove durante a pandemia, que foi o desafiador para todo mundo? Foi, foi. A pandemia chegou desestabilizando todo mundo. E o senado não estava preparado para isso. De fato, nos preparamos rapidamente. Quem estava? É verdade, é verdade. Mas a gente tinha no início da pandemia, nós fomos em estados a trabalhar com a inserção de algumas ferramentas na casa, que ajudasse as equipes a se preparar para o remoto. Então, a gente trabalhou com a introdução da Switch, da Microsoft, o 365, que, na minha opinião, é uma revolução para a casa, porque ela permite, por exemplo, edição simultânea de documentos escritos, de Word, que de outra forma a gente precisava ficar assim, "Feixa o arquivo aí, fecha o arquivo que eu preciso abrir aqui." É verdade. É um negócio muito anacrônico a gente fazer esse tipo de coisa hoje em dia. Um antigo mesmo. E aí o Teams veio com as ferramentas de comunicação que ele possibilita, o chat em tempo real, as vídeo chamadas. Virou um superambiente na pandemia e a gente teve o trabalho muito facilitado pelo uso do Teams, que tinha a prova disso. Exatamente. Então, e a casa estava acostumada a usar muito WhatsApp. Ainda está. Muitos lugares ainda usam WhatsApp. Mas a gente teve essa função de trazer para casa essa ferramenta. Como a gente trabalha com ela? O que dá para fazer? Como é que faz a distribuição? Como é que faz a organização do seu serviço dentro do ambiente? Então, essa foi uma faceta do nosso trabalho no início da pandemia. Projetos que a gente estava imaginando desenvolver acabaram suspensos. Porque, enfim, a gente estava priorizando alguns desafios. E um outro que eu gosto muito de citar do início da pandemia foi um trabalho que nós fizemos, inclusive com alguns setores aqui da SECON também, de adaptação das equipes ao trabalho remoto. Então, a gente desenhou uma oficina para a gente mapear os processos de trabalho das unidades, entender como esses processos poderiam ser inseridos no Teams, nessa suite de aplicativos que a gente tinha. E aí, com isso, a gente rodou algo em torno de 20 oficinas pela casa, com todas as unidades que nos demandaram esse apoio. Então, teve muita gente aí que a gente conseguiu apoiar por esse trabalho mais de organização dos seus processos de trabalho. Maravilha. E para o futuro, Henrique, quais são os projetos aí na Inova que a gente já poderia comentar aqui na nossa conversa? Bom, a gente atualmente está com um grande projeto, que é um projeto de rodar dentro da casa de uma função corporativa ampla, de buscar a solução para alguns desafios que a administração vai colocar. Ano passado, em outubro, se eu não me engano, a gente teve o ato do presidente número 15, que instituiu o SIEC, que é um sistema de inovação empreendedorismo corporativo. Esse SIEC prevê três canais de manifestação, três canais de ação, digamos assim. O que a gente está chamando de parlatório, que é um ambiente, estilo manhã de 10, de manifestação livre do corpo de servidores, com a diferença que ele vai ser um espaço aberto permanentemente nos ambientes da casa. A gente tem um canal de inovação aberta, que aí a administração da casa elencando alguns desafios e colocando-os para solução por um ecossistema externo da casa, envolvendo startups, o ecossistema de inovação que a gente encontra fora da casa, e temos um terceiro, que é a campanha de desafio. E a campanha de desafio tem um claro condão de mobilizar o corpo de colaboradores do Senado em torno da inovação. Nesse desafio, a administração vai lentar alguns pontos-chave que vão precisar ser tratados, e a gente vai abrir isso para casa. Então, todo o corpo de colaboradores, desde o pessoal da limpeza até os servidores efetivos, vão poder participar desse evento com algumas propostas. E aí a gente vai ter todo o processo de seleção, premiação e tal. Então, esse é um projeto grande que a gente está se preparando para desenrolar esse ano. Mas estamos sendo, cada vez mais, em estados a trabalhar com a experiência do usuário, a famosa UX. Como é que é isso? Basicamente, o que a gente faz nesses trabalhos é ouvir os usuários. A função que a gente tem clara nesses projetos é a gente fazendo o levantamento dos usuários, saber quais são as dificuldades que eles enfrentam, quais são as facilidades. Então, a gente pegar um feedback dos usuários para partir disso a gente promover a melhoria de alguns produtos internos. Basicamente, quando nós estamos falando de UX, pelo menos no nosso setor, as demandas são muito direcionadas às páginas do Senado. Então, nós já trabalhamos com a reformulação da Homepage, do Senado, já trabalhamos com a reformulação da página das matérias, e atualmente a gente está trabalhando com a reformulação da página da CMO, da Comissão Mista de Orçamentos. Então, o UX acaba sendo uma demanda bastante frequente, que eu vejo com muito bons olhos. A gente fez um esforço de se posicionar na casa algo como um embaixador do cidadão. Então, a gente já participava de alguns projetos anteriormente, e eu particularmente sempre sentia falta disso, mas a gente não está ouvindo usuário. E é uma necessidade, porque senão a gente acaba enviesando para os nossos próprios certezas e valores. Foco no cidadão. Exatamente. Então, os trabalhos de UX têm muito essa pegada, da gente olhar para o cidadão e como a gente consegue melhorar os nossos produtos, os nossos serviços, a partir dessa perspectiva. Maravilha, então. A gente conversou com o Henrique Pôratt, que é coordenador do Nae Nova, o núcleo de apoio à inovação do Senado Federal. Henrique, parabéns pelo trabalho. A gente deseja muito mais sucesso ao Nae Nova. E obrigado por participar aqui do nosso Senado e você. Legal, Celso. Foi um grande prazer, viu? Estamos à disposição. Tá certo. E essa edição do Senado e você fica por aqui. A você que nos ouve muito Obrigado pela audiência e até a próxima. [Música] Senado e você.

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