Ações de acessibilidade promovidas pelo Senado — Rádio Senado
Senado e Você

Ações de acessibilidade promovidas pelo Senado

As ações de acessibilidade promovidas pelo Senado Federal em diversas frentes são o tema do podcast “Senado e Você” deste mês.  

 

O último Censo realizado no Brasil, em 2010, apontou que o país tinha, naquela época, 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A inclusão social dessa parcela expressiva da população é um desafio permanente para todos, sejam cidadãos, empresas ou instituições públicas. O Senado Federal tem promovido, nos últimos anos, uma série de medidas com foco na acessibilidade, tanto no que diz respeito a infraestrutura e mobilidade em seus espaços físicos, quanto em relação à gestão de pessoas, ao acesso a sistemas e informações além de vários outros aspectos.

Os resultados dessas iniciativas são o tema do podcast “Senado e Você” deste mês de abril. A assistente social Francis Monzo, do Núcleo de Coordenação de ações socioambientais apresenta as principais conquistas da Casa a partir de sua política de acessibilidade, e destaca as prioridades e desafios ainda a serem vencidos.

Já a diretora da Secretaria de Comunicação Social, Érica Ceolin, fala sobre a experiência da visitação virtual para o público externo, com tradução em libras, iniciada em dezembro de 2020. Outro tema abordado por Érica é a transmissão em libras, pela TV Senado, das sessões plenárias e das reuniões da Comissão de Assuntos Sociais. 

30/04/2021, 15h33 - ATUALIZADO EM 19/06/2023, 16h01
Duração de áudio: 13:17

Transcrição
Transcrição automática do áudio: Senado e você. Olá, eu sou Celso Cavalcanti e começa aqui o Senado e você. Neste espaço, vamos conversar sobre ações importantes que o Senado Federal desenvolve e apoia com foco na responsabilidade social e ambiental. E não é pouco que está sendo feito. O assunto de hoje vai ser acessibilidade. Só para dar uma ideia da importância desse tema, o Censo de 2010, portanto, há 11 anos, registrou que cerca de 46 milhões de pessoas no Brasil tinham algum tipo de deficiência. A inclusão social dessa parcela da população é um desafio de todos, cidadãos ou organizações.E o Senado tem feito a sua parte. São várias iniciativas voltadas a garantir acessibilidade, seja com relação à infraestrutura e mobilidade, seja no acesso à informação, na gestão de pessoas e em outras frentes. Sobre isso, conversamos agora com Francis Monzo, assistente social do Núcleo de Coordinação de Ações Social Ambientais do Senado Federal. Olá, Francis. Olá. Francis, por que é tão importante para uma instituição pública como o Senado investir em iniciativas de acessibilidade nesses diversos aspectos? Bom, o primeiro motivo é um motivo bem óbvio de que o Senado é uma casa legislativa, que aprova lei, né, aprova lei de acessibilidade como a LBI. Então, a gente tem que implementar essas leis dentro da instituição. E outra coisa que o Senado tem um compromisso social. E com isso nós temos que eliminar as barreiras para permitir que as pessoas com deficiência tenham acesso tanto às instalações do Senado, aos serviços que são prestados aqui, à informação que circula na casa. E assim as pessoas possam ter mais participação no processo democrático mesmo. E quais são os resultados, Francis, que você já destacaria como o principal conquista dessa política de acessibilidade do Senado desde o seu lançamento? É, a política de acessibilidade do Senado foi publicada em 2013 e o primeiro grande resultado que eu considero é uma mudança já na cultura organizacional. Não é uma coisa que acontece da noite pro dia, é uma coisa que foi sendo conquistada durante todos esses anos, mas a gente já percebe que a acessibilidade passa a ser uma prioridade mesmo. E a acessibilidade passa a ser dentro da casa um aspecto transversal, que todas as secretarias, todas as ações vão pensar em fazer as suas atividades sempre com acessibilidade. Então, a gente já teve várias conquistas assim, a gente já tem libras agora na TV Senado, a gente já teve adequação de diversos espaços físicos, a gente teve um aumento no número de estagiários com deficiência, o número de pessoas que trabalham na casa com deficiência. E principalmente a gente tem o engajamento dos próprios servidores com deficiência, que eu acho que é o principal quando a gente está falando em ações de acessibilidade, que os servidores com deficiência, o público interno e os visitantes com deficiência, tenham voz também pra falar quais são as demandas e também pra avaliar as ações que foram feitas. Que bacana, Francis, eu imagino que além do aspecto profissional, esse tipo de realização de resultados que a gente observa deve trazer também muita satisfação pro lado humano, pro espírito de quem trabalha com isso, pras pessoas como você que estão tão dedicadas aí à questão da acessibilidade. Com certeza, um trabalho que nós fazemos aos poucos, as conquistas vão vindo de vaga arzinho, mas elas acontecem e é muito gratificante a gente saber que a gente está trabalhando pra eliminar barreiras, pra derrubar barreiras e pra permitir que as pessoas tenham acesso a tudo. Certo, e Francis, quais as prioridades do plano de acessibilidade do Senado Federal 2019 e 2021, quer dizer que vai até esse ano, esse atual plano? Isso, o plano de acessibilidade é uma ferramenta de gestão que a gente estabelece objetivos, metas e prazos acerca da acessibilidade. Essa atual versão é a terceira versão do plano e nós temos diversas ações ali que estão distribuídas em seis estes temáticos, infraestrutura, acesso à informação, mobilidade, gestão de pessoas, educação para acessibilidade, gestão da acessibilidade. Então são diversas ações, são 48 ações, são 12 secretarias envolvidas e nós temos objetivos nesses vários eixos que eu falei e muitas ações estão no eixo de acesso à informação, porque às vezes a gente associa acessibilidade somente a espaço físico, a acessibilidade física, né? É muito comum as pessoas fazerem essa associação direta, mas a gente também precisa que toda informação, que toda comunicação esteja acessível para as pessoas com deficiência, principalmente pessoas com deficiência sensorial, deficiência auditiva, deficiência visual e isso é um dos eixos temáticos que a gente tem trabalhado bastante. Em novembro do ano passado o Senado lançou a campanha "capacitismo não tem vez". Em que consiste essa campanha Francis? Essa campanha foi realizada no mês de novembro até o mês de dezembro e foi uma campanha que a gente queria trazer visibilidade ao tema do capacitismo. Muitas pessoas não conhecem esse termo, capacitismo é atitude preconceituosa contra as pessoas com deficiência, quando se tem a ideia de que as pessoas não se encaixam num padrão de corpo perfeito, ideal, e elas são menos capazes por causa disso. Então nós trouxemos essa discussão para dentro do Senado e para fora também, porque foram vários setores da casa, incluindo o TV Senado, o Rádio Senado, que fizeram várias matéries sobre isso. Para desmistificar um pouco essa questão, que a pessoa com deficiência tem menos capacidade, a pessoa com deficiência não consegue fazer várias coisas e não é isso. A gente, elas são capazes, a sociedade tem barreiras e nós temos que eliminar essas barreiras. Então essa campanha foi feita no ano passado e nós promovemos diversas matérias e o final, a gente pode dizer assim, que o final da campanha foi exatamente a nossa semana de valorização da pessoa com deficiência. A semana é realizada todo ano e no ano passado nós fizemos, é sempre todo ano na primeira semana de dezembro e no ano passado nós fizemos com o tema de capacitismo, sobre esse tema. Então nós realizamos rodas de conversas, internas, conservadores, estagiários, tercerizados todo o público interno do Senado, rodas de conversas para falar sobre esse tema e também realizamos uma live que está disponível no YouTube também com o tema de capacitismo e foi muito interessante nós teremos discutir bastante isso dentro da casa. Muito bacana mesmo, a gente vê que o Senado tem várias realizações, várias conquistas na área de acessibilidade, mas imaginamos francês que ainda existam desafios a ser superados, quais seriam ainda esses desafios que ainda precisam ser enfrentados aí para que o Senado garanta plena acessibilidade em suas atividades legislativas, na sua informação, nos seus espaços físicos, enfim, em todos os aspectos que o termo abrange. Com certeza, ainda temos muitos desafios, eu vou citar aqui dois pelo menos que eu tenho, que eu trago agora, bem recentes. Primeiro é a questão do trabalho remoto, das sessões virtuais e muitas vezes a gente esquece que a gente precisa ter essa acessibilidade em todas as plataformas que a gente for usar, em tudo que for feito, a distância, então isso é um desafio porque são novas tecnologias que a gente não estava acostumado a usar, nós temos que atentar para isso agora e uma outra coisa que eu acho que nós precisamos olhar com muita atenção é o trabalho em rede. Nós já trabalhamos, já temos um trabalho em rede com outros órgãos públicos, nós temos a rede de acessibilidade, o Senado, Câmara, TCU, diversos ordens do judiciário também e nós tentamos fazer ações conjuntas porque internamente a gente tem o toamos de acessibilidade, a gente tem as nossas ações que a gente desenvolve, mas tem coisas que a gente precisa de outras instituições, por exemplo os arredores do Senado, a gente tem todo um trabalho interno mas os arredores ali, como que a pessoa com deficiência faz para chegar até o Senado, questões de transporte, questões de acessibilidade nas calçadas, então a gente precisa investir cada vez mais nesse trabalho junto com outras instituições para que a gente possa ter essa acessibilidade plena realmente. Com certeza. Bom Francis, a gente chega então ao fim da nossa conversa, nós conversamos até aqui com Francis Monzo, ela que é assistente social do núcleo de coordenação de ações socioambientais do Senado Federal. A Francis falou com a gente sobre os avanços do Senado em sua política de acessibilidade. Francis muito obrigado por sua participação aqui no Senado e você e desejamos ainda mais sucesso nesse trabalho para garantir talvez mais acessibilidade aqui no Senado. E a gente vai conversar um pouco também com a diretora da Secretaria de Comunicação Social, Érica Ceolin, é que em dezembro de 2020 o Senado realizou a primeira visita virtual com tradução em Libras. Olá Érica. Olá, tudo bem? Então Érica, qual a importância dessa medida num momento em que o país enfrentam a pandemia da covid-19, né? Dessa visita virtual em Libras. Olha, é mais uma forma do Senado incluir todo cidadão. Assim como nós fazemos visitas em inglês, em francês, em espanhol, o visitante pode agendar na sua língua de preferência, a gente agora passa a oferecer Libras, incluindo também as pessoas que têm deficiência auditiva, que são cidadãs como todos os outros. Entende, e vocês perceberam um retorno positivo das pessoas que participaram da visitação? Nossa, quem participou no dia ficou emocionado, né? Assim, houve depoimentos depois, inclusive de colegas, né, que estavam presentes das pessoas também que fizeram a visita e da própria professora de Libras. Ela elogiou muito a iniciativa e ela sabe bem porque está já nesse mundo da acessibilidade. Então foi uma emoção para todos perceber esse alcance, essa ampliação de interesse e de entendimento para a maior parte da população. Que maravilha! E teve outra notícia também que em janeiro agora, já de 2021, a TV Senado passou a transmitir também em Libras as sessões do plenário e as reuniões da Comissão de Assuntos Sociais. Érica, o que representa essa medida com relação ao avanço, né, na política de acessibilidade da casa? É um avanço na política de acessibilidade porque a gente agrega o telespectador e a gente também cumpre ainda mais com o acesso ao direito à informação, que é um direito constitucional. Então a gente atendeu o pedido dos senadores Flávio Arns, Mara Gabrilli, Romário, que estão diretamente ligados à causa da acessibilidade, mas houve um apoio para que isso fosse realmente concretizado. No ano passado, inclusive, houve uma campanha #libras na TV Senado. Nós fomos sensíveis a isso e conseguimos atender mais uma vez essa parcela da população, levando direito à informação a mais pessoas. Que maravilha! Então fica aí a dica para quem quiser visitar virtualmente o Senado, já tem aí a possibilidade de fazer essa visita em linguagem de libras e também assistir a TV Senado, o plenário e as reuniões da Comissão de Ações Sociais também por meio de libras. A gente agradece a participação da Erica Ceolin, diretora da Secretaria de Comunicação Social do Senado Federal. Erica, muito obrigado por sua participação. Eu que agradeço essa oportunidade para agendar a visita é só entrar no site do Senado, no site do congresso, é congressonacional.leg.br/visite. Aí vai lá e agenda a visita virtual. Muito bom então. E por hoje ficamos por aqui. A você que nos ouve, muito obrigado pela audiência. E até o próximo Senado e você. Senado e você. [Música]

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