O STF tem sido a salvação do bom senso nas questões de gênero, afirma Marta Suplicy — Rádio Senado
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O STF tem sido a salvação do bom senso nas questões de gênero, afirma Marta Suplicy

Uma mulher é estuprada a cada onze minutos. Dez mulheres são vítimas de estupro coletivo por dia. Em São Paulo, uma mulher morre a cada quatro dias, simplesmente por ser mulher, crime tipificado como feminicídio desde 2015, após lei aprovada pelo Congresso. O que explica esses números, na opinião da presidente da Comissão de Assuntos Sociais, sen. Marta Suplicy (PMDB-SP) é a tolerância da sociedade em relação à violência contra a mulher ou, por outra ótica, a intolerância cada vez maior em todos os campos, inclusive nos relacionamentos.

A senadora criticou propostas em análise na Câmara que acabam com o aborto em caso de estupro ou de feto anencéfalo, hoje permitido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Outro ponto que Marta considera um retrocesso é a proibição do ensino de questões de gênero nas escolas, muito polêmico entre mães. Para ela, que já trabalhou com a educação de gênero de crianças na Prefeitura de São Paulo, essas questões deveriam começar a ser discutidas desde a creche, para que os futuros adultos aprendam a respeitar as diferenças. O STF discute sete ações contra leis municipais que proibiram a questão de gênero nas escolas: Paranaguá e Cascavel (PR), Blumenau e Tubarão (SC), Novo Gama (GO), Palmas (TO) e Ipatinga (MG). Decisão liminar do ministro Luís Barroso suspendeu a lei de Paranaguá, mas a palavra final cabe ao plenário do Supremo.

Marta Suplicy elogiou a atuação do Supremo, que, para a senadora, tem estado muito à frente do Congresso nas questões de gênero: “O plenário do STF tem sido a salvação do bom senso, porque tem caminhado muito acima da intolerância do nosso país”.

02/10/2017, 18h35 - ATUALIZADO EM 29/09/2017, 17h36
Duração de áudio: 14:34
Pillar Pedreira/Agência Senado
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