SUS poderá ser obrigado a fornecer medicamentos à base de Canabidiol — Rádio Senado
Maconha

SUS poderá ser obrigado a fornecer medicamentos à base de Canabidiol

Projeto de Lei (PL 5158/2019) do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) torna obrigatória a distribuição pelo SUS de medicamentos que contenham o Canabidiol (CBD) como único princípio ativo. As informações são da repórter Lara Kinue, da Rádio Senado.

23/09/2019, 12h51 - ATUALIZADO EM 23/09/2019, 14h28
Duração de áudio: 01:31
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADOR EDUARDO GIRÃO, DO PODEMOS DO CEARÁ, APRESENTOU PROJETO DE LEI QUE PREVÊ A OBRIGATORIEDADE DA DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM CANABIDIOL PELO SUS. LOC: ELE DESTACA QUE ESTUDOS COMPROVAM QUE A SUBSTÂNCIA NÃO TEM AÇÃO PSICOATIVA, ALÉM DE POSSUIR PROPRIEDADES MEDICINAIS. A REPORTAGEM É DE LARA KINUE: (Repórter) O Canabidiol, também conhecido como CBD, e o Tetrahidrocanabidiol, o THC Estudos comprovam que, na medicina, podem ser usados como anticonvulsivante, anti-inflamatório, ansiolítico e antitumoral, atuando de forma complementar no tratamento de doenças como a epilepsia, Parkinson, Esclerose Múltipla e até o câncer. Entretanto, o Canabidiol, diferentemente do THC, não possui ação psicoativa, e por isso, costuma ser mais indicado para o uso medicinal. No Brasil, desde 2014, o Congresso Nacional vem discutindo a regulamentação do uso terapêutico da maconha, mas enquanto senadores e deputados não aprovam mudanças na lei, a justiça tem garantido o acesso aos medicamentos. Grande parte dos usuários, no entanto, precisa importar o CBD a altos preços. Para mudar essa situação, o senador Eduardo Girão, do Podemos do Ceará, apresentou Projeto de Lei que obriga o SUS a distribuir medicamentos que contenham o canabidiol como único princípio ativo. (Eduardo Girão) Já estou amplamente convencido que ela não possui qualquer efeito alucinógeno e não provoca dependência. Na verdade, eu vou mais além, diante do sofrimento das famílias, entendo que o SUS deveria fornecer gratuitamente aos mais necessitados os produtos que hoje são importados permitindo assim acesso amplo ao tratamento. (Repórter) A proposta está na Comissão de Assuntos Sociais e aguarda a apresentação de emendas.

Ao vivo
00:0000:00