Programas dos partidos e horário eleitoral no rádio e na TV podem acabar
Transcrição
LOC: OS PROGRAMAS DOS PARTIDOS E O HORÁRIO ELEITORAL NO RÁDIO E NA TELEVISÃO PODEM ACABAR.
LOC: É QUE O DETERMINA UM PROJETO DE LEI APRESENTADO PELO SENADOR PAULO BAUER, DO PSDB DE SANTA CATARINA. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: O senador Paulo Bauer acredita que poucos eleitores hoje em dia se valem dos programas dos partidos e do horário eleitoral no rádio e na televisão para decidir em quem votar. Na avaliação dele, boa parte do debate político-partidário é travado por intermédio das redes sociais. Paulo Bauer lembra ainda que o programa eleitoral é gratuito apenas para os partidos políticos, uma vez que o poder público compensa as emissoras de rádio e televisão pela perda de publicidade no horário reservado à propaganda política:
(PAULO BAUER): Custa para os cofres do governo, em 10 anos, 3 bilhões e 400 milhões de reais de compensações tributárias. Com esse dinheiro, nós poderíamos construir casas populares, construir postos de saúde, equipar hospitais e fazer muitas outras coisas.
(REPÓRTER): Paulo Bauer também argumenta que o fim do horário eleitoral no rádio e na televisão baratearia muito as campanhas eleitorais:
(PAULO BAUER): Qualquer campanha de governador, de presidente, de senador tem um custo. E esse custo, 60 por cento pelo menos, é custo de produção de programa de rádio e televisão. E nós não podemos fazer a política ser o caminho para o enriquecimento de marqueteiro. Porque quem ganha dinheiro com isso é o marqueteiro. E quem perde a novela, perde noticiário, perde a música no rádio e na televisão é o eleitor.
(REPÓRTER): A proposta foi encaminhada para análise da Comissão de Constituição e Justiça em decisão terminativa, ou seja, se aprovada pela CCJ poderá seguir diretamente para o exame da Câmara dos Deputados sem precisar passar pelo plenário do Senado.
PLS 108/2017