Paim diz que somente a sociedade poderá parar a reforma da Previdência — Rádio Senado
Audiência pública

Paim diz que somente a sociedade poderá parar a reforma da Previdência

Em audiência na Comissão de Direitos Humanos (CDH), debatedores criticaram as poucas mudanças no relatório preliminar da Reforma da Previdência (PEC 06/2019). Sindicalistas avaliam que a proposta acaba com a solidariedade instituída ao longo dos anos. E o presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), diz que a pressão da sociedade poderá resultar em mudanças na Reforma da Previdência no Senado.

02/09/2019, 12h57 - ATUALIZADO EM 02/09/2019, 12h57
Duração de áudio: 02:14
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública interativa para tratar sobre: "Previdência e Trabalho", com foco na proposta de reforma da Previdência.

À mesa, em pronunciamento, presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS).

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTE, CONVIDADOS CRITICAM POUCAS MUDANÇAS NO RELATÓRIO PRELIMINAR DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: SINDICALISTAS ARGUMENTAM QUE A PROPOSTA ACABA COM A SOLIDARIEDADE INSTITUÍDA AO LONGO DOS ANOS. REPORTAGEM DE JOSÉ ODEVEZA. (Repórter) A dois dias da votação do relatório preliminar da Reforma da Previdência, a Comissão de Direitos Humanos ouviu especialistas em políticas sociais. Eles insistiram que as mudanças nas regras de aposentadoria retiram o caráter social solidário da Previdência Social. Segundo o presidente da Comissão Especial de Seguridade Social da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio Grande do Sul, Tiago Beck, o relatório do senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, ainda deixa desprotegidas as pessoas mais pobres. (Tiago Beck) Eu vejo aqui uma regra de transição muito rápida, com prejuízo grande para as pessoas mais pobres, um corte abrupto num contrato em andamento. Eu acho que a reforma tem que ser pensada para as pessoas que precisam do benefício em primeiro lugar. Um dos objetivos da Constituição é a manutenção da dignidade da pessoa humana, é a distribuição de renda. (Repórter) A representante da CSP-Conlutas, Adriana Stella, disse que Reforma da Previdência acaba com a estrutura solidária estabelecida na própria Previdência Social. (Adriana Stella) Essa dinâmica que está construída em torno da Reforma da Previdência, por exemplo, ela vai destruir inclusive as relações sociais que a gente tem nesse eixo da solidariedade, aonde aqueles que trabalharam, hoje eles contam com apoio dos trabalhadores mais jovens, dos trabalhadores que estão na ativa para construir e dar continuidade a esse trabalho. (Repórter). O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, disse que a maioria da população está contra a Reforma da Previdência. Segundo ele, apenas a pressão da sociedade poderá resultar em mudanças na proposta. (Paulo Paim) Vi nos jornais que um dos motivos da credibilidade do governo não está caindo nas pesquisas é sobre a Previdência. A partir do momento que o povo vai percebendo, nós temos condição de estabelecer um diálogo com os senadores e senadoras mostrando o que vai acontecer com os benefícios se essa reforma for aprovada nos moldes que foi aprovada na Câmara. (Repórter) A Comissão de Direitos Humanos vai realizar uma última audiência antes da votação do relatório da Reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça.

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