Enquadrados na Lei Maria da Penha deverão comparecer a audiência para ter prisão preventiva revogada — Rádio Senado
Proposta

Enquadrados na Lei Maria da Penha deverão comparecer a audiência para ter prisão preventiva revogada

Comissão de Constituição e Justiça aprovou projeto de lei (PLS 328/2013) que determina que os homens enquadrados na Lei Maria da Penha que tiverem a prisão preventiva revogada deverão comparecer a uma audiência antes de serem soltos. O agressor só receberá o alvará de soltura após ser advertido, na presença de um juiz, de um promotor e do seu defensor, sobre as consequências de eventuais descumprimentos das medidas protetivas e demais prevenções impostas pela lei. Para evitar atrasos na revogação da prisão preventiva, a relatora na CCJ, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), explicou que haverá um prazo de 48 horas para que a audiência de admoestação ocorra. O projeto de lei segue para a análise da Câmara dos Deputados. A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

22/03/2018, 12h22 - ATUALIZADO EM 22/03/2018, 18h01
Duração de áudio: 01:11
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: HOMENS ENQUADRADOS NA LEI MARIA DA PENHA QUE TIVEREM A PRISÃO PREVENTIVA REVOGADA DEVERÃO COMPARECER A UMA AUDIÊNCIA ANTES DE SEREM SOLTOS. É O QUE DIZ PROJETO DE LEI APROVADO NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. LOC: O AGRESSOR SERÁ ADVERTIDO PELO JUIZ, PROMOTOR E ADVOGADO SOBRE OS DIREITOS E DEVERES QUE DEVERÁ TER DALI PARA A FRENTE SE QUISER CONTINUAR EM LIBERDADE. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: O projeto de lei foi inspirado em experiência de vara especializada em violência doméstica e familiar de Cuiabá, capital mato-grossense. Lá, o agressor só recebia o alvará de soltura após ser advertido, na presença de um juiz, de um promotor e do seu defensor, sobre as consequências de eventuais descumprimentos das medidas protetivas e demais prevenções impostas pela lei. A relatora da proposta na Comissão de Constituição e Justiça, senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, elogiou a iniciativa. (MARTA): Na verdade, as pessoas, quando são soltas, não entendem direito o que significa, o que podem ou não fazer. Então, essa admoestação vem a calhar, é muito bem-vinda. Acredito que pode ter consequências positivas para o agressor, que saberá o que lhe é restrito, e para a mulher que está sendo vítima de agressões. (REP): Para evitar atrasos na revogação da prisão preventiva, a CCJ aprovou ainda um prazo de 48 horas para que a audiência de admoestação ocorra. O projeto de lei segue para a análise da Câmara dos Deputados.

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