CCJ faz penúltimo debate sobre Previdência — Rádio Senado
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CCJ faz penúltimo debate sobre Previdência

A Comissão de Constituição e Justiça fez nesta quinta-feira (22) de manhã o penúltimo debate sobre a Reforma da Previdência (PEC 6/2019). O número de empregos que seriam gerados com a proposta, de acordo com o governo, foi contestado pelo senador Paulo Paim (PT-RS). A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.

22/08/2019, 16h18 - ATUALIZADO EM 22/08/2019, 16h25
Duração de áudio: 01:43
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) realiza audiência pública interativa para instruir a PEC 6/2019 que modifica o sistema de previdência social, estabelece regras de transição e disposições transitórias, e dá outras providências. Entre os convidados estão o secretário de Previdência e Trabalho; economistas; e representantes dos auditores fiscais, dos procuradores do trabalho e dos trabalhadores em educação.

Mesa:
presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Carvão do Sul, Genoir José dos Santos;
assessor jurídico da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Eduardo Buermann Ferreira;
presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma e Regiões de Santa Catarina, Djonatan Mafei Elias;
presidente em exercício da CCJ, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP);
relator da PEC 6/2019, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE);
presidente da Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Garcia Porto;
presidente da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional), Mauro Silva.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA FEZ NESTA QUINTA-FEIRA DE MANHÃ O PENÚLTIMO DEBATE SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA. LOC: O NÚMERO DE EMPREGOS QUE SERIAM GERADOS COM A PROPOSTA, DE ACORDO COM O GOVERNO, FOI CONTESTADO PELA OPOSIÇÃO. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO. TÉC: A Comissão de Constituição e Justiça ouviu queixas de trabalhadores de minas, de funcionários públicos e da ONG Auditoria Cidadã sobre vários pontos da reforma da Previdência. O economista Paulo Kliass disse que a proposta que saiu da Câmara é melhor do que o texto original do governo, mas ainda é muito negativa para a população. O secretário de Política Econômica Adolfo Sachsida, no entanto, rebateu dizendo que a nova Previdência não cobra dos mais pobres. Adolfo citou o próprio exemplo. (Adolfo) Eu trabalho no ar-condicionado, eu não posso ser demitido, eu ganho mais de R$20 mil por mês, e quando eu me aposentar, nas regras atuais eu vou receber R$4.480.607 a mais do que eu paguei por isso. Isso quer dizer que eu vou ter que tomar dos mais pobres da população brasileira quase R$4,5 milhões. A nova previdência reduz esse subsídio para R$1,5 milhão. Ainda é muito, mas é um passo importante. (Repórter): Adolfo afirmou também que a reforma vai gerar 8 milhões de empregos. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, estranhou o número. (Paim): Quando você bota no painel, para o Brasil todo ver, que nós vamos chegar a 8 milhões de empregos, isso me choca muito. Sabe por quê? Eu tenho um trauma com a reforma trabalhista. Fiz um embate duro aqui. Um falava em 10 milhões de empregos, outro falava em 4, outro falava em 5. Da reforma da previdência, meus números variam. Os representantes do Governo que vêm aqui não têm um número único – você sabe que não têm –, cada um chuta um número – não estou dizendo que você chutou. (Repórter): O relatório da reforma deve ser lido na quarta-feira, dia 28. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço. PEC 6/2019

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