CCJ faz penúltimo debate sobre Previdência
A Comissão de Constituição e Justiça fez nesta quinta-feira (22) de manhã o penúltimo debate sobre a Reforma da Previdência (PEC 6/2019). O número de empregos que seriam gerados com a proposta, de acordo com o governo, foi contestado pelo senador Paulo Paim (PT-RS). A reportagem é de Bruno Lourenço, da Rádio Senado.
Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA FEZ NESTA QUINTA-FEIRA DE MANHÃ O PENÚLTIMO DEBATE SOBRE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA.
LOC: O NÚMERO DE EMPREGOS QUE SERIAM GERADOS COM A PROPOSTA, DE ACORDO COM O GOVERNO, FOI CONTESTADO PELA OPOSIÇÃO. A REPORTAGEM É DE BRUNO LOURENÇO.
TÉC: A Comissão de Constituição e Justiça ouviu queixas de trabalhadores de minas, de funcionários públicos e da ONG Auditoria Cidadã sobre vários pontos da reforma da Previdência. O economista Paulo Kliass disse que a proposta que saiu da Câmara é melhor do que o texto original do governo, mas ainda é muito negativa para a população. O secretário de Política Econômica Adolfo Sachsida, no entanto, rebateu dizendo que a nova Previdência não cobra dos mais pobres. Adolfo citou o próprio exemplo. (Adolfo) Eu trabalho no ar-condicionado, eu não posso ser demitido, eu ganho mais de R$20 mil por mês, e quando eu me aposentar, nas regras atuais eu vou receber R$4.480.607 a mais do que eu paguei por isso. Isso quer dizer que eu vou ter que tomar dos mais pobres da população brasileira quase R$4,5 milhões. A nova previdência reduz esse subsídio para R$1,5 milhão. Ainda é muito, mas é um passo importante.
(Repórter): Adolfo afirmou também que a reforma vai gerar 8 milhões de empregos. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, estranhou o número.
(Paim): Quando você bota no painel, para o Brasil todo ver, que nós vamos chegar a 8 milhões de empregos, isso me choca muito. Sabe por quê? Eu tenho um trauma com a reforma trabalhista. Fiz um embate duro aqui. Um falava em 10 milhões de empregos, outro falava em 4, outro falava em 5. Da reforma da previdência, meus números variam. Os representantes do Governo que vêm aqui não têm um número único – você sabe que não têm –, cada um chuta um número – não estou dizendo que você chutou.
(Repórter): O relatório da reforma deve ser lido na quarta-feira, dia 28. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.
PEC 6/2019