Comissão debate a transferência de participantes do Programa Médicos Pelo Brasil para o Mais Médicos
A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado debateu, nesta quarta-feira (10), o chamamento público do Ministério da Saúde para transferir participantes do Programa Médicos pelo Brasil ao Programa Mais Médicos. O debate sinalizou a possibilidade de diálogo com o Ministério da Saúde para estender prazos ou oferecer nova oportunidade aos reprovados.

Transcrição
A transferência de participantes do Programa Médicos Pelo Brasil para o Programa Mais Médicos e suas possíveis consequências tem gerado divergências e, por isso, foi motivo de debate na Comissão de Fiscalização e Controle. Presidente do colegiado, o senador Doutor Hiran, do PP de Roraima, estranhou o alto percentual de reprovações ocorrido entre os participantes do Médicos pelo Brasil na seleção para o Mais Médicos.
Eu não consegui entender essa essa mudança de critério na avaliação nas provas que foram feitas agora porque tá muito claro que alguma coisa aconteceu. Será que o pessoal se emburreceu de um de um dia pro outro? Parece que houve um jogo meio combinado para se reprovar. Quase 80% dessas pessoas que trabalharam tanto, que tem prática médica.
Entretanto, o Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina e Família e Comunidade, Fabiano Gonçalves Guimarães, destacou que a prova já ocorre há 20 anos e que os critérios seguem referências internacionais consolidadas. Segundo ele, o que houve foi um descompasso entre a preparação acadêmica dos médicos e os requisitos da especialidade medicina da família.
Existe mesmo uma mudança, mas que não é súbita. É preciso dizer, primeiro que esse exame é realizado desde 2004, já titulou 11.242 médicos. Existe um processo contínuo de revisão e aprimoramento com objetivo de se adequar a um cenário de evolução da especialidade e da medicina em geral. O rigor exigido na certificação de médicos especialistas também passa por estar atualizado com melhor conhecimento científico disponível.
O senador Doutor Hiran acredita que será possível um alinhamento com o Ministério da Saúde a fim de que o prazo para a realização da prova seja estendido ou para que uma nova oportunidade seja oferecida aos médicos reprovados. Da Rádio Senado, Douglas Castilho.

