Autistas e pessoas com restrições poderão frequentar restaurantes com alimentos próprios

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AS PESSOAS AUTISTAS, COM INTOLERÂNCIA OU ALERGIAS PODERÃO ENTRAR EM RESTAURANTES COM SEUS PRÓPRIOS ALIMENTOS E UTENSÍLIOS. OS ESTABELECIMENTOS PODERÃO PEDIR LAUDOS QUE COMPROVEM A NECESSIDADE DE RESTRIÇÃO. REPÓRTER RAÍSSA ABREU. Pessoas autistas, com intolerância alimentar ou alergias poderão levar seus próprios alimentos e utensílios a restaurantes e outros espaços de alimentação públicos ou privados. É o que prevê o projeto do senador Jader Barbalho, do MDB do Pará, aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais. Pela proposta, esses espaços poderão cobrar laudos ou cartões de identificação que comprovem a condição dos frequentadores. De acordo com a senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, que foi a relatora do projeto na comissão, ainda há uma incompreensão na sociedade quanto à seletividade alimentar que afeta, por exemplo, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista. quando a criança chega na escola com essa comidinha especial - às vezes, é um bolinho diferente - os professores não querem deixar ela entrar com esse bolinho. Então, há uma falta de compreensão de que essa questão da seletividade é um dos sintomas das crianças com TEA. Então, vamos aprovar esse projeto, para que elas possam levar o seu próprio alimento em qualquer lugar - num shopping, num restaurante, numa igreja... A senadora citou alguns dados: mais da metade da população brasileira tem predisposição genética para intolerância à lactose, e dois milhões de brasileiros são celíacos. No caso das alergias alimentares, Damares disse que elas afetam cerca de oito por cento das crianças do planeta com até dois anos de idade, e dois por cento dos adultos.     O projeto agora segue para a Comissão de Direitos Humanos. Da Rádio Senado, Raíssa Abreu.